Segundo os feirantes, candidatos fazem promessas e, depois, desaparecem. Além disso, visitas geram tumulto e não ajudam as vendas
IMAGEM ILUSTRATIVA / Foto: Divulgação
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A presença constante dos candidatos ao governo de Rondônia nas Feiras de Porto Velho tem gerado revolta entre os comerciantes. Segundo os feirantes, os políticos só aparecem na época da eleição e, depois, somem e pouco fazem para melhorar a situação do tradicional centro de vendas da capital.
"Na hora de pedir votos, é uma coisa linda. Fazem promessas, escutam nossos pedidos, mas nada muda nessa história. Depois, nem os de Porto Velho vêm à feira, quanto mais os de fora", diz Verônica Cavalvante, 54 anos, expressando o que muitos de seus colegas pensam. Ela trabalha vendendo frutas no local há 33 anos. "Isso sempre foi assim. Candidatos vêm nas áreas pobres, conseguem apoio, não cumprem as promessas e somem."
Verônica vende frutas há 33 anos na feira: 'Na hora de pedir votos, é uma coisa linda'
Além do fato de os candidatos não voltarem à feira depois da campanha, os comerciantes reclamam que as visitas atrapalham a dinâmica do local. "Essas visitas não resolvem nada. Não refletem nem nas vendas. Quando os caras vêm aqui, só causa mais tumulto mesmo", protesta Alex de Macedo, 18 anos. Segundo o jovem, quando os candidatos chegam, os corredores ficam abarrotados de gente e bandeiras. "É muito chato", diz.
A Feira de Porto Velho é um dos pontos de maior aglomeração de gente em um dos maiores colégios eleitorais de Rondônia. Além disso, a região administrativa central concentra um grande índice de pessoas oriundas dos bairros da capital. Muitos candidatos que tentam crescer passam pela feira na esperança de conquistar eleitores que, depois, farão campanha entre os parentes.
'Só causa tumulto', diz o feirante Alex
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