Filme é de prender a respiração e assusta pela conexão entre realidade e “ficção”; assim como Estados Unidos, Brasil quase viveu combates envolvendo política
Foto: Divulgação/Guerra Civil
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Sob a direção do aclamado Alex Garland, conhecido por "Ex Machina", Guerra Civil é uma mescla de ação e suspense que se desenrola em um futuro próximo, quando os Estados Unidos enfrentam uma guerra civil.
A trama acompanha uma equipe de jornalistas de guerra liderada por Lee (interpretada por Kirsten Dunst) e seu colega Joel (vivido por Wagner Moura), que percorrem o país para documentar a magnitude e a gravidade de um conflito violento que se alastra rapidamente, afetando toda a nação.
Kirsten Dunst (Lee) e Wagner Moura em uma das primeiras cenas de Guerra Civil - Foto: Felipe Corona/Rondoniaovivo
Contudo, o que era para ser apenas um registro jornalístico se transforma em uma batalha pela sobrevivência quando eles mesmos se tornam alvos. O elenco inclui também talentos como Stephen McKinley Henderson, Jesse Plemmons e Nick Offerman.
O Rondoniaovivo assistiu a produção esta semana (na versão legendada) e o filme é de prender a respiração, pois assusta pela conexão entre realidade e a “ficção”. E já de cara fica claro a importância do papel do jornalismo de informar, de levar a informação ao público, onde ele não pode estar: bem no meio da batalha.
Foto: Felipe Corona/Rondoniaovivo
Assim como os Estados Unidos que viraram filme, o Brasil pouco tempo atrás, quase entrou em guerra civil envolvendo política. Porém, no caso de Guerra Civil, não fica bem claro qual o motivo que parte dos estados norte-americanos entraram em conflito.
Uma referência bem rápida acontece no meio do filme, onde é comentado que o presidente estava no começo de seu “terceiro mandato”. Fora isso, não há clareza se é um confronto entre direita e esquerda, que persiste em muitos países do mundo, incluindo por aqui.
Importante dizer que a atuação do nosso Wagner Moura é bem destacada, com um inglês refinado e que não deve nada. E a dobradinha com Kirsten Dunst foi incrível. Ele faz a parte de maior ação e emoção. Ela fica com a frieza e a parte prática da dupla, já endurecida por tantos anos de jornalismo e de cobrir tantos conflitos pelo mundo.
As imagens são fortes e as pessoas tem que ter controle mental para não se abalarem ou ficarem emocionadas com tamanho realismo, especialmente dos “takes” violentos ou que envolvem mortes.
Outra surpresa fica a cargo da excelente atriz Cailee Spaeny, que faz Jessie. Ela é uma aspirante à fotojornalista e tem em Lee uma heroína. Com coragem e até certa afronta, se junta à equipe na jornada para chegar até Washington e tentar entrevistar o presidente, cada vez mais isolado na Casa Branca.
Vale o ingresso, especialmente pelas cenas bem conduzidas, pela fotografia repleta de luzes bem balanceadas que dão um toque especial às cenas e à edição de som, que dependendo da sala, parece que nos transporta para os combates do filme, tamanha a potência dos estrondos das explosões e o estampido dos tiros.
NOTA 10 – EXCELENTE.
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