Comitiva que está a caminho dos EUA vai contar com Txai Suruí, Ivaneide Bandeira (Neidinha), Bitaté Uru-Eu-Wau-Wau e Gabriel Uchida e vão representar documentário "O Território"
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O próximo domingo (07) se tornará uma data histórica para a cultura e a defesa do meio ambiente de Rondônia, pois o estado será representado na premiação do Emmy Internacional, onde vai concorrer como melhor documentário estrangeiro com “O Território”, um documentário da National Geographic Films realizado em coprodução com o povo Uru-Eu-Wau-Wau e que esteve nos cinemas de todo Brasil.
A comitiva que conta com os ativistas ambientais e indígenas Txai Suruí, Ivaneide Bandeira (Neidinha), Bitaté Uru-Eu-Wau-Wau e Gabriel Uchida fará um longo caminho até chegar a cidade do cinema dos Estados Unidos. A longa viagem começa a partir desta quinta-feira (04) passando por Manaus, São Paulo, e enfim, Los Angeles (EUA).
“Estar no Emmy Internacional é emocionante e importante para o cinema nacional e local, em especial, para o cinema produzido pelos povos indígenas”, disse Txai Suruí, que é produtora-executiva de “O Território” ao Rondoniaovivo.
Ivaneide Bandeira, mais conhecida como Neidinha, mãe de Txai Suruí e que também atuou na produção do documentário, afirmou que “é importante para o cinema do Brasil, em especial de Rondônia, ter no Emmy Internacional um filme feito aqui. As filmagens foram realizadas pelos indígenas Jupaú Uru-Eu-Wau-Wau, além de uma produtora indígena que foi a Txai Surui. É um momento marcante na luta indígena que vem sofrendo vários ataques nos seus direitos pelo Congresso Nacional”.
Convite da 75ª premiação do Emmy Internacional recebido pelos produtores de "O Território" - Foto: Arquivo Pessoal/Ivaneide Bandeira
O Território
Duas vezes premiado em Sundance e selecionado para mais de 100 festivais ao redor do globo, o longa mostra como os povos indígenas estão usando a cultura como ferramenta para chamar a atenção para a realidade e violência que vivem em suas terras.
Nele, é possível ver um retrato fiel dos grileiros de terra – humanizados, até, ainda que sejam figuras que ocupam um papel importante no desmatamento –, as ameaças que os ativistas que defendem a Amazônia sofrem com o descaso do governo, combinado com a ganância das grandes empresas, pode ser a receita letal para que a Amazônia atinja seu ponto de não retorno. Ou seja, quando a floresta está tão destruída que não conseguirá se recuperar.
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