ARTIGO: Mestre Bainha, 84 Anos – A Estrela Maior do Nosso Carnaval

Bainha, membro do Trio de Ouro, faz parte da ala de compositores do Grêmio Recreativo Escola de Samba “O Asfaltão”.

ARTIGO: Mestre Bainha, 84 Anos – A Estrela Maior do Nosso Carnaval

Foto: Divulgação

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Waldemir Pinheiro da Silva, filho de Francisco Pinheiro da Silva e Maria Rodrigues da Silva, a Dona Marieta. Mestre Bainha, nasceu nas dependências do Real Forte do Príncipe da Beira, em 11 de agosto de 1938. Mestre Bainha, veio para Porto Velho ainda criança e foi morar no bairro do KM-1.
 
Mestre Bainha, estudou o suficiente para lutar e ter conhecimento das situações do dia-a-dia, cresceu foi um grande jogador de futebol, sendo torcedor do Fluminense, seu time do coração, bem como passando por clubes importantes de sua época, como: Clube Sete de Setembro, Clube Rio Negro, Bancrevea Clube, Clube de Regatas do Flamengo e São Francisco Esporte Clube, do Bairro Mocambo. Na sua iniciação como folião e carnavalesco, ajudou a fundar várias agremiações carnavalescas, como: Só Vai Quem Bebe, Universidade dos Diplomatas, Prova de Fogo, Bloco do Bode, Independentes do KM-1, Unidos da Nova Porto Velho, Unidos da Castanheira e a Diplomatas do Samba. Foi mestre de bateria e compositor da Escola de Samba Pobres do Caiari e do Bloco Mistura Fina.
 
Boêmio nato, frequentou as casas noturnas de nossa cidade, como a taberna do Zé Curica, Taba do Cacique, Tambaqui de Ouro, Maria Eunice, Boate do Brandão e tantas outras, devidamente acompanhado de muitos amigos, de tudo, como: Professor Inácio Campos, Cocó, Meireles, Totó, Cabeleira, Leônidas Chester, Roosevelt Maturim, Bola Sete e muitos outros. Mestre Bainha, participou da formação do conjunto Bossa Nova, com Manga Rosa, Cabeleira e Paulo Santos, foi músico e cantor no antigo Porto Velho Hotel, hoje sede oficial da UNIR. Bainha, no Terreiro Santa Bárbara, foi “Ogan”.
 
Mestre Bainha, é um sambista nato, poeta, boêmio e seresteiro. Ritmista, esportista e, às vezes, polêmico ao extremo nas suas decisões, como todo artista, mas que traz na alma o espírito carnavalesco, a bossa, a ginga do bom malandro com uma bagagem cultural muito grande em matéria de samba. Em 1987, mesmo sendo membro efetivo do Grêmio Recreativo Escola de Samba “Pobres do Caiari”, foi, juntamente com seus eternos parceiros, Mestre Oscar e Zé Baixinho, autores do samba “A Louca que Caiu da Lua”, do Grêmio Recreativo Escola de Samba “Os Diplomatas” que foi a grande campeã do carnaval de rua daquele ano.
 
Bainha, membro do Trio de Ouro, faz parte da ala de compositores do Grêmio Recreativo Escola de Samba “O Asfaltão”. Bainha, no campo folclórico, foi brincante do Boi Bumbá do Suritiba, Corre-Campo e do Boi do Januário, como “miolo”. Dentre outras atividades culturais do Mestre Bainha, cito, neste pequeno histórico de sua vida, algumas das muitas criações deste grande mestre, como: Criador do primeiro casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira do carnaval de Porto Velho; Deu nome a diversas alas das Escolas de Samba; Eleito o primeiro Cidadão Samba de Porto Velho; Dançarino por natureza; Lutador de Boxe (Peso Galo), porém, nunca foi campeão, devido a sua pequena estatura e porte físico; Pioneiro ao introduzir a cuíca na bateria das Escolas de Samba de Porto Velho; Sendo recordista na apresentação de mais de 100 shows filantrópicos; Compositor, juntamente com Oscar e Zé Baixinho, do Hino do Galo da Meia-Noite: “Alô, Seu Cabo Omar!”.
 
Por estas e tantas outras, é que presto minha homenagem, nesse aniversário de 84 anos, a esse personagem autêntico do nosso Carnaval Popular.
 
*Texto: Alípio Pinheiro, Professor, Historiador e Sobrinho do Mestre Bainha.
 
Fonte: Blog da Luciana Oliveira
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