Com criatividade de sobra e uma grande diversidade de referências, a produção artesanal rondoniense se mostra cada vez mais promissora
Foto: Divulgação
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
Rondônia possui cerca de 10 mil artesãos cuja arte é revelada no barro, na madeira, nas fibras, nas palhas, no couro e em outros materiais. O artesanato, além de ser constituído por diversas práticas e artes manuais, funciona também como ferramenta de reintegração e motivação para pessoas que deixaram de encontrar inspiração ao longo da vida, seja devido às perdas, mudanças, traumas sofridos ou até mesmo à idade.
Com um sorriso estampado em seu rosto, Maria do Socorro lembra os dias difíceis que passou em sua vida até se transformar em uma artesã. “Há 15 anos eu perdi meu pai e, logo após, meu irmão. Meu mundo veio abaixo. Mergulhei em uma depressão e pensei que seria meu fim. Um dia fui fazer uma visita ao meu cardiologista e ele me disse que teria que ocupar meu tempo e sair de casa para ter uma vida social como antes.
Então busquei abrigo em um amigo, pois já não aguentava tanta solidão. E foi o seu Félix, artesão, quem me ajudou e me ensinou os primeiros passos do artesanato. Desde então esta arte tomou conta do meu ser. Posso dizer que o grande amor da minha vida é o artesanato”, lembrou.
Com criatividade de sobra e uma grande diversidade de referências, a produção artesanal rondoniense se mostra cada vez mais promissora, pois traz referências da nossa história através das peças da Maria Fumaça produzidas na Feira do Sol ou, até mesmo, a miniatura do Forte Príncipe da Beira, feita em Ji-Paraná.
“Amo essa arte e não me vejo sem o artesanato - ele faz parte da minha vida. Produzo e vendo. Isso ganha um reforço, pois meu marido também é artesão e lá em casa temos um mundo encantado em nossas conversas criativas. Aqui, na Feira do Sol, o mais bonito é o companheirismo que a gente tem com os colegas artesãos. Nós somos uma família. Aqui uma mão lava a outra. A ajuda vai desde a venda das peças dos colegas até a ajuda na confecção de uma peça”, disse Maria de Nazaré Estevão, 57 anos e artesã desde os 13 anos.
A palavra lixo costuma ser usada de modo equivocado. A maior parte dos materiais que chamamos de lixo são resíduos que podem ser reutilizados ou reciclados. Criar peças artísticas a partir de materiais descartados é uma prática que já acontece em Rondônia há anos e vem contribuindo para o meio ambiente. Além disso, o segmento do artesanato pode oferecer oportunidade para geração de emprego e renda.
Garrafas pet, pneus, latas de alumínio e de aço, jornais, recipientes de vidro, coadores de papel, lacres de alumínio e embalagens de papelão, assim como inúmeros outros materiais, podem ser aplicados no artesanato e dar “vida” a novas peças. Como exemplo, pneus que acumulariam água e que poderiam servir para criadouro de mosquitos ou seriam descartados/queimados no meio ambiente. Nas mãos dos trabalhadores artesanais ganharam uma nova funcionalidade na forma de cadeiras e jarros para plantas.
Fonte: Secom/Governo
A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.
Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!