Serão disponibilizados R$ 80 milhões para cerca de 250 projetos, por meio de 11 editais
Foto: Divulgação
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Ampliar a participação no mercado de novos talentos e de realizadores negros, mulheres e indígenas e estimular a descentralização do setor audiovisual e a produção de conteúdo infantil e transmídia. Esses são os objetivos centrais do primeiro conjunto de editais do programa #AudiovisualGeraFuturo, lançado nesta quarta-feira (7/2), em Brasília, pelo Ministério da Cultura (MinC).
As 11 linhas anunciadas serão operadas pela Secretaria do Audiovisual (SAV) do MinC e contam com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). "Nossa estimativa é de que, este ano, dentro da política de audiovisual, teremos R$ 1 bilhão para programa #AudiovisualGeraFuturo", informou o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão. Esse montante será disponibilizado ao longo de todo o ano, por meio de linhas operadas pela SAV e pela Agência Nacional do Cinema (Ancine). Editais de linhas operadas pela Ancine serão lançados em março.
Em termos de volume de projetos e de recursos financeiros, trata-se do maior pacote de editais já realizado pela Secretaria de Audiovisual do MinC. Serão disponibilizados R$ 80 milhões para cerca de 250 projetos, por meio de 11 editais voltados ao desenvolvimento, produção e difusão. Em todos há indutores que visam promover a inclusão e reduzir as desigualdades no setor audiovisual.
Todos os editais serão publicados no Diário Oficial da União até dia 26 de fevereiro. A partir da publicação, as inscrições poderão ser feitas pelo portal do Ministério da Cultura.
Visão contemporânea
Um dos principais entusiastas das ações do Ministério da Cultura, o presidente da Comissão de Cultura da Câmara, deputado Thiago Peixoto (PSD-GO), destacou os avanços representados pelo programa #AudiovisualGeraFuturo. "Os editais lançados hoje ajudam a corrigir uma série de distorções que haviam no passado. Além disso, estabelecem um diálogo com regiões diferentes de todo o Brasil. Certamente o programa irá fortalecer o setor audiovisual no País", disse.
Peixoto também enfatizou o importante papel exercido pela campanha #CulturaGeraFuturo, apresentada pelo ministro no início da cerimônia oficial que lançou os 11 editais da SAv. "A campanha traz uma visão extremamente contemporânea da cultura brasileira. Seja sob o ponto de vista da economia criativa ou do aspecto da identidade e do pertencimento, a campanha já está se consolidando como política pública", elogiou.
Para a deputada Laura Carneiro (PMDB-RJ), o lançamento dos editais do Audiovisual é mais uma prova de que o Ministério da Cultura passa por uma transformação. "O MinC construiu uma política que trata a questão de gênero como deve ser tratada e olha com especial atenção para o setor audiovisual e para a cultura de modo geral. Isso mostra que vivemos um novo momento", destacou.
O secretário do Audiovisual do MinC, João Batista Silva, que vai coordenar os editais lançados nesta quarta-feira (07), elogiou o empenho do ministro em buscar um modelo de governança do audiovisual em que a SAv volta a ter seu protagonismo na elaboração de políticas públicas para o setor.
Já o diretor-presidente da Ancine, Christian de Castro, que está há um mês à frente da ações da agência, considera fundamental que haja uma integração ainda maior com o Ministério da Cultura e com a Secretaria do Audiovisual, principalmente no sentido de promover o desenvolvimento do setor. "Nosso objetivo é trabalharmos juntos, sempre em consonância, visando o crescimento do setor. A economia criativa é o grande vetor de desenvolvimento no mundo inteiro".
Ações afirmativas
Cotas de gênero e raça foram adotadas a partir de estudo feito pela Ancine e divulgado em janeiro de 2018. Tendo como base os 142 longas-metragens brasileiros lançados comercialmente em salas de exibição no ano de 2016, o estudo apontou que 75,4% foram dirigidos por homens brancos. As mulheres brancas assinaram a direção de 19,7%. Apenas 2,1% foram dirigidos por homens negros. Nenhum foi dirigido ou roteirizado por mulheres negras.
Seguindo a política de desconcentração adotada pelo Ministério da Cultura, e buscando estimular a produção audiovisual em todas as regiões do País, cotas regionais foram estabelecidas para todos os editais: ao menos 30% para Norte, Nordeste e Centro-Oeste; e ao menos 20% para Sul, Minas Gerais e Espírito Santo.
Linhas
Do total de recursos, R$ 53,6 milhões são direcionados para 106 projetos de produção, incluindo longas, curtas, jogos eletrônicos e narrativas transmídia (projetos que incluem produtos voltados para diferentes plataformas e planejados de forma integrada). A maioria dos editais incentiva a geração de conteúdos voltados para a infância, um público que tem ganhado cada vez mais importância e para o qual a produção brasileira ainda é restrita.
Um total de R$ 10,4 milhões será destinado a 57 projetos de desenvolvimento. Nesta linha, serão R$ 6 milhões para projetos que tratam dos 200 anos da Independência do Brasil, a ser celebrada em 2022, e outros R$ 4,4 milhões para o desenvolvimento de projetos voltados à infância. A abordagem é livre.
A terceira linha traz uma novidade: serão R$ 16 milhões a serem aplicados em 85 projetos de mostras, festivais e eventos do mercado audiovisual – uma linha de financiamento inédita via Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). O objetivo é incentivar a difusão das produções brasileiras nos mercados interno e externo, despertando maior interesse do público e estimulando o crescimento do setor.
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