Já é grande a venda dos carnês que dão direito ao abada que dá acesso ao cordão de isolamento da Banda do Vai Quem Quer, que desfila dia 18 de fevereiro (sábado de Carnaval), pelas principais avenidas do centro de Porto Velho. A nova sede cultural da banda, (Avenida Carlos Gomes, 1315, em frente às Lojas Americanas), começou a funcionar no início desta semana, mas já vendeu dezenas de camisas. A organização da banda, comandada agora pela filha de Manelão, Siça Andrade Mendonça, acredita que o sucesso nas vendas está se dando pelo preço acessível, R$35, e ainda pelo fato dos participantes da banda já se organizarem na compra antecipada evitando assim grandes tumultos.
- O valor do abada da banda está bem em conta. Os foliões da banda também querem evitar tumultos e ainda garantir o acesso ao cordão de isolamento. Acredito que se as vendas continuarem nesse ritmo em pouco tempo já vãos ter vendido todas as camisas-, afirmou a presidente da banda.
BANDA DO VAI QUEM QUER – BREVE HISTÓRIA
Por Silvio M. Santos - Zekatraca
Era um sábado, janeiro de 81. No Bar do Casimiro discutiam acaloradamente: Manoel Mendonça – Manelão -, Narciso Freire, Antônio Edson – Neném -, Silvio Santos, Paulo Queiroz, Evamar Mesquita, Emil Gorayeb Filho – Emilzinho -, Claudio Carvalho, Eliana e Lica (as únicas mulheres). O motivo era o não pagamento das despesas da Corte do Rei Momo, Manelão 1º & Único, no carnaval de 1.980, por parte da Comissão de Carnaval da Prefeitura de Porto Velho.
O tom elevado da discussão atrapalhava o atendimento no Bar, o que levou Casimiro a expulsar os carnavalescos. Dirigiram-se todos então, ao Bar Chopão, que ficava na esquinas das ruas José Bonifácio e Duque de Caxias.
Retomados os debates, Emilzinho sugeriu: "Por que não criar uma banda nos molde da Banda de Ipanema do Rio de Janeiro?” Idéia imediata e unanimemente aceita. Nova discussão acalorada, agora para escolher o nome da Banda. Naquela altura, Manelão já cansado de tanta discussão dormia na cadeira, em virtude do consumo muitas garrafas de pinga, uísque e cerveja. Mais uma vez Emilzinho pontificou: "Se queremos fazer um carnaval para todo mundo se divertir de verdade, sem a preocupação de desfile oficial, organizadinho, acho que devemos chamá-la Banda do Só Vai Quem Quer".
Mais uma vez, todos aprovaram, e somente após mais algumas horas de muita cachaça e cerveja, a turma resolveu que já era hora de cada um tomar seu rumo.Terça feira o jornal O Guaporé publicou a seguinte Manchete: Porto Velho Vai ter sua Banda – e na linha de apoio – Empresário Manelão do Chaveiro Gold assume coordenação da Banda do Só Vai Quem Quer. Ao ler a matéria Manelão se apavorou e para preservar o nome da sua empresa “Chaveiro Gold” resolveu assumir a confecção das camisetas que foram feitas numa fábrica da cidade de Campinas em São Paulo.
Apenas 500 camisetas foram colocadas a venda no primeiro desfile da Banda. A arte das camisetas foi uma criação do artista plástico e arquiteto João Otávio Pinto.
Narciso Freira um dos maiores incentivadores da Banda, como chefe do Silvio Santos no Cartório de Imóveis o intimou a compor a marchinha “Hino da Banda” (chegou a Banda, a Banda, a Banda. A Banda do Vai Quem Quer...) que foi gravada apenas em 1984 pelo cantor Babá.
A Banda do Vai Quem Quer que saiu do Chopão em seu primeiro ano com apenas 500 foliões e retornou com aproximadamente 5 MIL. Hoje leva todo sábado de carnaval pelas ruas da cidade, mais de 100 MIL foliões.
2011 a Banda desfile homenageando: A “Mulher, de Salto Alto e Batom” e pela primeira vez sem contar com a presença física do General Manelão.
Quem comanda a Banda do Vai Quem Quer em 2011 é a filha do General Manelão Sicilia Andrade a Siça. Manelão faleceu no último dia 28 de fevereiro em Porto Velho.