Separando o joio do trigo, o povo dos vereadores - Por Ivonete Gomes / Rondoniagora

Separando o joio do trigo, o povo dos vereadores - Por Ivonete Gomes

Separando o joio do trigo, o povo dos vereadores - Por Ivonete Gomes / Rondoniagora

Foto: Divulgação

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“Nem eu, nem a vereadora Mariana Carvalho concorda (sic) com qualquer tipo de irregularidade, qualquer tipo de coisa que afronte a sociedade” – disse a vereadora de Porto Velho Elis Regina (PCdoB), em entrevista ao jornal eletrônico Rondoniaovivo sobre a omissão da Casa em relação ao 3º secretário da Mesa Diretora, Chico Caçula (PDT), condenado a seis anos de cadeia por estupro e pedofilia.

Como todo “bom” político, a parlamentar inaugurou o discurso descerrando currículo – “sou do movimento sindical, atuo em prol das pessoas menores” – e descambou para a completa ignorância quanto às próprias funções e trâmites na Casa. Colocou-se no papel de um pobre cidadão desorientado que vai a Câmara exigir melhorias para o bairro, mas não sabe a qual setor dirigir a reivindicação. Elis Regina afirma que o posicionamento sobre cassação de Caçula é da Câmara, como se dela não fizesse parte. “Isso aí vocês têm que conversar com o presidente da casa, que eu acredito já estar tomando providências”.  Ora, a vereadora atua ao lado de um pedófilo e sequer preocupou-se em saber a quantas anda o caso ou em exigir providência da Mesa Diretora que, ironicamente, tem Chico Caçula como membro.

Em referência ao comportamento criminoso do edil, Elis Regina informa que não pode pagar pelo erro de outros e que “a imprensa tem que separar o joio do trigo”. Mas, nobre vereadora, a semelhança entre a planta que nos dá o pão e a erva daninha é tão grande que em algumas regiões o joio é chamado de falso trigo.

É no mínimo um equívoco, para não conceituar como falta de vontade, a afirmativa de que o pedetista pedófilo só pode sofrer processo de cassação quando no caso não couber mais recurso – o que na linguagem jurídica chama-se processo transitado em julgado.

Na maior corte de Justiça do Brasil é pacífico o entendimento que “o princípio da unidade de legislatura não impede a instauração de procedimento de cassação de mandato legislativo, ainda que por atos atentatórios ao decoro parlamentar cometidos por titular de mandato legislativo, na Legislatura anterior. É que a ordem jurídica não pode permanecer indiferente a condutas de membros do Congresso Nacional — ou de quaisquer outras autoridades da República — que hajam eventualmente incidido em censuráveis desvios éticos, no desempenho de elevada função de representação política ao povo brasileiro.”

Entenderam os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que o povo, em casos semelhantes, vota em pessoas com desvios de caráter por desconhecer fatos da má conduta anteriores à eleição. Certamente Chico Caçula não teria sido eleito primeiro suplente fosse público tratar-se de um predador sexual. O povo vota por ignorância, mas pode exigir correção através do instituto da cassação de mandato.

Caso semelhante, tratando de anterioridade da má conduta do político, envolve a deputada federal Jaqueline Roriz. A parlamentar perderá a vaga na Câmara por ter sido flagrada recebendo dinheiro do mensalão em 2006, antes da eleição para o cargo que ocupa atualmente.

E já que o conselho é separar o joio do trigo, aceitemos o conselho da vereadora Ellis Regina e façamos a seleção da seguinte forma:

Francisco Carlos,  Alessandra, Juliana Banck., Márcia Aparecida, Regina Silva, Jefferson de Brito, Francisca Aires Abdalla, Vitória, Sidney, Joanna Moraes,  Ana Maria Soares, Vanda, Raimundinho Bikesom, Sebastião Alves de queiroz, Marcos, Sérgio Kintschner, Eline Braga, Santinho Neto, Aparecida, Adalton, Pedro Francisco,  Silvio Araújo Pinheiro, Wilson Junior, Antônio Nascimento – internautas que se manifestam contra a permanência de Chico Caçula na Câmara. Esses são o trigo.

Já…

Claudio Hélio de Sales, Delso Moreira Junior, Edemilson Lemos de Oliveira, Eduardo Carlos Rodrigues da Silva, Elizeu Ferreira da Silva, Ellis Regina Batista Leal, Jaime Gazola Filho, Jose Claudio Nogueira de Carvalho, Jose Mário do Carmo Melo, Jurandir Rodrigues de Oliveira, Manuel do Nascimento Negreiros, Marcelo Reis Louzeiro, Mariana Carvalho, Moisés Costa de Souza, Sid Orleans Cruz. Esses, caros internautas, são  o joio.

Para concluir – nem diria artigo, mas forma de extravasar tamanha indignação – permitam uma crítica a colegas jornalistas e radialistas que ascenderam na política pela gloriosa função de informar e denunciar: é fácil, muito fácil bater em ladrão de galinha.

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