Marcos Wendell Silva é um analfabeto sociológico de pai, mãe e vizinhança. Ele, olhando para o país, é como um burro olhando pra frente de um palácio. É um pequeno-burguês pudico, retrógrado e elitista. O sem-caratismo da folia momesca parece mexer com su
Foto: Divulgação
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Nós, rondonienses, já estávamos meio à deriva com seguidos fluxos migratórios a bagunçar nosso coreto cultural. Agora, com a construção dessas usinas e o conseqüente novo fluxo migratório, estamos meio que bosta nágua, boiando à deriva dos modelos impostos pelos prepostos do Poder, e ainda temos que ler arrazoados escritos por patetas como Marcos Wendell. Ele não passa de um inocente útil, um puritano de quinta categoria a pagar o mico de ser boneco de ventrículo de contradições complexas que ele mesmo, xucro que é, nem suspeita que existam. Ele é um pau mandado dos poderosos. Em regra, os novos poderosos agora são paulistas e sulistas. Essas figuras, junto com outras da polícia militar e do ministério público (salvo raríssimas e honrosas exceções) são apenas reprodutores funcionais da ideologia de dominação articulada, imposta e praticada pelo agronegócio e pela alta burguesia do sul e sudeste nestas terras.
Os diversos aparelhos do Estado tendem a reproduzir essa ideologia em suas atitudes práticas, impregnadas de praticismo mecânico, obtuso, míope e moralismo barato. Os Guaporés e os Karipunas, os Beradeiros e Caboclos devem formar um grande bloco, o Bloco da Resistência, para fazer valer o nosso bioritmo, a nossa maneira de ser, os nossos valores lúdicos, e anárquicos, para não sucumbir ante ao ataque indiscriminado das agências estatais, precisamos juntar os nossos cacos de identidade, precisamos colar esses cacos um a um, para nos reconhermos, para nos autoafirmarmos, para propormos a construção de uma sociedade heterogênea, sem dúvida, mas com a nossa marca, os nossos princípios culturais como matrizes oritentadoras das edificações civilizatórias que hoje tentam nos impor a qualquer custo. Essa gente pensa que nós somos tapados de tudo, porque não temos o mesmo grau de ambição desmedida que conjugam; pensam que não temos hombridade, porque não agimos com tamanha ferocidade e crueldade com os outros, na disputa pelo domínio dos bens da vida; pensam, ainda, que não temos valores, porque nos vêem assim brincando, curtindo a vida e vivendo à moda cabocla. Estão redondamente enganados. Vamos dar de pau na moleira deles, para que na dor da lambada aprendam a nos respeitar como amazônidas politizados, guerreiros, pensantes e criativos que somos.
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