No Dia Internacional da Onça-Pintada (29/11), o Onçafari celebra conquistas e reforça a urgência da conservação do maior felino das Américas. Predadora de topo e espécie guarda-chuva, a onça-pintada depende de grandes áreas preservadas e boa oferta de presas, funcionando como um termômetro da saúde dos ecossistemas. O Brasil abriga cerca de 50% da população mundial, mas o status de ameaça varia entre os biomas: vulnerável no Pantanal e na Amazônia, em perigo no Cerrado, criticamente ameaçada na Mata Atlântica e Caatinga, e já extinta no Pampa.
.jpeg)
Há 14 anos, o Onçafari atua em ecoturismo, pesquisas científicas, proteção de áreas naturais e reintrodução de felinos. A entidade tornou-se pioneira mundial ao realizar a primeira reintrodução bem-sucedida de onças-pintadas, com as irmãs Isa e Fera, soltas em 2016 no Pantanal. Desde então, elas já geraram 25 descendentes, inclusive bisnetos, demonstrando a eficácia da técnica. O modelo foi replicado na Amazônia com Pandora, Vivara e Xamã — este último, reintroduzido em 2024 após resgate, já percorreu 13 mil hectares em vida livre segundo monitoramento realizado em 2025.
No Cerrado, o projeto Onças – Guardiãs do Grande Sertão Veredas registra e monitora a fauna local. Desde 2022, 42 espécies já foram identificadas, incluindo raras e ameaçadas. Em 2025, o parque registrou um feito inédito: o nascimento de trigêmeos de onça-pintada, reforçando o papel da área como refúgio do bioma.
Durante a COP30, o Onçafari também foi beneficiado pelo leilão da Jaguar Parade Belém, exposição com 52 esculturas de onças que reforça a importância da conservação da Amazônia.