CHUVAS INTENSAS: Mudanças climáticas devem intensificar enchentes na Amazônia até 2100

Porto Velho entra na zona de atenção devido ao grande rio Madeira e seus afluentes

CHUVAS INTENSAS: Mudanças climáticas devem intensificar enchentes na Amazônia até 2100

Foto: Rondoniaovivo

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As enchentes na América do Sul devem mudar drasticamente até o final deste século devido aos efeitos das mudanças climáticas. A conclusão é de um estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que utilizou modelos climáticos avançados para projetar como chuvas e fluxos de rios devem se comportar nas próximas décadas. Os pesquisadores alertam que a Amazônia será um dos territórios mais afetados, com eventos extremos potencializados e impactos diretos sobre áreas urbanas e ecossistemas.

 

O levantamento aponta que chuvas intensas com período de retorno de 100 anos podem ficar até 50% mais fortes na Amazônia, especialmente nas bacias do Amazonas e do Orinoco. Cidades como Manaus, Belém, Macapá, Santarém e Iquitos podem enfrentar episódios mais severos de alagação. Já nas áreas de cabeceira dos Andes, as chuvas acumuladas em 20 dias podem aumentar até 60%, ampliando o risco de enchentes súbitas e deslizamentos, fenômenos que repercutem diretamente na região amazônica brasileira.

 

Os impactos, porém, não serão uniformes. O estudo mostra que algumas áreas da Amazônia, do Pantanal e da Ilha do Bananal podem registrar redução de até 80% nos fluxos máximos de rios importantes — entre eles, Juruá, Xingu e até trechos do Amazonas. Embora isso signifique enchentes menos frequentes em determinadas regiões, traz sérias consequências ambientais, como alterações nos ciclos naturais de nutrientes e no funcionamento dos ecossistemas de várzea.

 

O que Rondônia tem a ver com isso?

 

Entre as áreas que permanecem sob alerta, está a calha do Rio Madeira, que influencia diretamente o comportamento hidrológico de Porto Velho. Por receber grande volume de água dos Andes bolivianos e peruanos, o Madeira tende a responder de forma mais rápida e intensa a chuvas extremas. O estudo indica que eventos severos podem se tornar mais frequentes, aumentando o risco de enchentes semelhantes às registradas em 2014, quando comunidades inteiras ficaram isoladas e prejuízos milionários foram registrados.

 

Para Porto Velho, os riscos envolvem tanto cheias abruptas quanto períodos de vazante extrema, que afetam navegação, abastecimento, infraestrutura ribeirinha e zonas urbanas vulneráveis. Alterações no regime do rio também podem impactar a operação das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, além de colocar populações tradicionais em maior vulnerabilidade.

 

O estudo reforça que os efeitos das mudanças climáticas exigem estratégias urgentes de adaptação. Monitoramento hidrológico, planos preventivos, obras de contenção e preservação de áreas naturais passam a ser medidas essenciais para garantir resiliência em uma Amazônia cada vez mais exposta a extremos climáticos.

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