No Brasil de 2025, criar um filho se tornou mais caro do que manter um carro de luxo. Mas o impacto dessa realidade vai muito além do bolso das famílias: ela revela um colapso silencioso que já começa a moldar o futuro do país.
A taxa de natalidade despencou. Cada vez menos casais decidem ter filhos e muitos adiam ou desistem da ideia diante dos altos custos, da falta de apoio e da sobrecarga emocional. O Estado é ausente, e a parentalidade pesa quase exclusivamente sobre as mulheres, que acumulam trabalho, cuidados domésticos e a responsabilidade integral pela criação dos filhos.
Enquanto a maternidade se torna um privilégio, o Brasil envelhece rapidamente e o faz sem riqueza, sem igualdade e sem estrutura para sustentar uma população mais idosa e dependente.
Economistas e demógrafos alertam: se a tendência continuar, o país enfrentará um desequilíbrio profundo entre a força de trabalho e a população aposentada, comprometendo o crescimento econômico, a previdência e os serviços públicos.
Mais do que uma questão de família, a queda da natalidade é hoje um problema econômico e social, um sintoma de um modelo que não acolhe quem cuida e não investe em quem nasce. O resultado é um Brasil que envelhece antes de amadurecer e que pode não estar preparado para sustentar o próprio amanhã.