ACORDO: Relator da PEC Emergencial vai preservar saúde e educação

Pressionado pela maioria dos partidos, relator vai retirar do texto o fim dos pisos para gastos nas duas áreas

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Foto: Divulgação

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O relator da PEC Emergencial no Senado, Marcio Bittar (MDB-AC), sucumbiu às pressões da maioria dos partidos e vai retirar do seu parecer a proposta de acabar com os pisos constitucionais para gastos com saúde e educação. Uma nova versão do texto será apresentada na próxima terça-feira, conforme ficou acordado entre os líderes. O parlamentar concordou com a mudança para acelerar a votação da matéria, que prevê medidas de ajuste fiscal e garante a retomada do auxílio emergencial neste ano.
 
 
O parecer original do relator foi alvo de uma avalanche de críticas, dentro e fora do Congresso, antes mesmo de ser lido no plenário do Senado. Na sessão de quinta-feira, a leitura foi adiada, depois de os senadores se recusarem a discutir um relatório fake, como chamaram, pois havia a sinalização do líder do governo na Casa, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), de que haveria mudanças no texto.
 
Em entrevista, ontem, à CNN, Bittar afirmou que, durante a sessão de quinta-feira, “deu para perceber que o Senado praticamente enterrou, mostrou que é contra a desvinculação e que é contra até o debate”. O relator acrescentou que se “se mantivesse a desvinculação, poderia comprometer todo o processo” de votação da PEC. “Então, não vou agir com o fígado, embora eu tenha saído com o fígado inchado do plenário”, frisou.
 
 
O líder do PSDB no Senado, Izalci Lucas (DF), afirmou esperar que o parecer não traga mais a proposta de acabar com os pisos da saúde e da educação. “Ficou acertado que a desvinculação será retirada. Esperamos que o relatório de terça-feira não venha com isso”, ressaltou. “O relator sentiu que nós não votaríamos se ele mantivesse esse ponto. O líder do governo já se posicionou no sentido de retirar essa proposta”, acrescentou.
 
 
Teto de gastos
 
A PEC emergencial cria mecanismos de ajuste fiscal para União, estados e municípios. O relator incluiu no texto um protocolo de responsabilidade fiscal e uma “cláusula de calamidade” para que o governo possa pagar o auxílio emergencial sem ultrapassar o teto de gastos. A desvinculação de receitas da saúde e da educação foi uma das contrapartidas propostas no parecer.
 
 
Atualmente, os estados e o Distrito Federal têm de destinar 12% das receitas com impostos às ações de saúde. Os municípios precisam aplicar o equivalente a 15%. Na União, esse índice também era de 15% da receita corrente líquida até 2017, quando o piso passou a ser atualizado pela inflação. No caso da educação, o mínimo é de 25% das receitas com impostos para estados e municípios. Na União, o piso era de 18% até 2017, quando o valor passou a ser atualizado pela inflação. Se a desvinculação desses recursos fosse aprovada, o Congresso teria de definir os repasses mínimos dessas duas áreas a cada ano.
 
Mesmo com a retirada da proposta de desvinculação, o relator da PEC ainda terá de enfrentar pressões de vários partidos para que o auxílio emergencial seja discutido separadamente das medidas de ajuste fiscal. Pelo menos duas PECs foram apresentadas nesse sentido, pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e José Serra (PSDB-SP).
 
O relatório de Bittar prevê o acionamento automático de gatilhos para congelar gastos, como salários e subsídios, quando a despesa obrigatória superar 95% do total. O governo insiste em pagar o auxílio emergencial somente com a garantia de que poderá controlar as despesas com o serviço público.
 
Direito ao esquecimento

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