Menina tentou proteger o abusador, dizendo que o pai do filho era um menino com quem teria tido relações sexuais na casa da avó
Foto: Ilustrativa
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Policiais da 48ª DP (Seropédica) prenderam, nesta quarta-feira, um homem de 34 anos suspeito de ter estuprado e engravidado a enteada de 10 no município da Região Metropolitana do estado do Rio de Janeiro. A menina teve o filho no dia 30 de dezembro do ano passado, quando começaram as investigações.
De acordo com o delegado José Pedro Costa da Silva, titular da 48ª DP, quando a criança teve o bebê, a equipe de assistência social do Hospital Maternidade de Seropédica, onde foi feito o parto, acionou a polícia. Desde o início das investigações, a menina dizia que o pai do filho era um menino com quem teria tido relações sexuais em julho, na casa da avó paterna.
"Mas a versão dela se mostrou improvável, tendo em vista que, se assim fosse, o bebê teria nascido com 32 semanas. Se a concepção realmente fosse em julho, seria pouco provável a criança ter nascido com vida aos cinco meses de gestação", destaca Silva.
Ainda segundo o delegado, a mãe da criança confirmou a versão da filha. Os policiais, então, desconfiaram que as duas estavam tentando proteger alguém, recaindo a suspeita sobre o padrasto e o avô.
"Percebemos ali que certamente existia um laço de afinidade entre a menina e o abusador", conta o delegado. "Apesar da suspeita de um possível crime ter recaído também sobre o avô, observamos que os traços fisionômicos do recém-nascido tinham semelhanças com o padrasto, que negou com veemência ter praticado violência sexual contra a enteada".
COMPROVAÇÃO POR DNA
Foi feito, então, um exame de DNA com material colhido do padrasto e o avô da menina para a comprovação da relação sexual. A análise foi feita pelo Instituto de Pesquisa e Perícias em Genética Forense (IPPGF), que mostrou que o pai do bebê é o padrasto.
"Diante dessa evidência, sendo prova técnica incontestável, pedimos a prisão dele. O pedido foi aceito e ele vai responder pelo crime de estupro de vulnerável, podendo ser condenado a 15 anos de prisão, independentemente se a relação sexual tiver tido o consentimento da menina", reforça Silva.
O delegado acrescenta que a enteada e sua mãe ficaram revoltadas com a prisão do homem. Foi então, que a polícia percebeu que ele exerce uma enorme influência entre as duas.
"As investigações seguem para apurar a possível omissão da mãe da menina ao perceber o relacionamento sexual entre o companheiro e a filha de 10 anos", Silva avisa.
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