"A prioridade tem que ser o acesso à água própria para o consumo, já que é a única maneira de controlar a cólera", disse o chefe do Departamento de Doenças Epidêmicas da OMS, Dominique Legros.
Foto: Divulgação
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
A fornecimento de água potável entre as vítimas do furacão Matthew no Haiti é a única maneira de evitar uma nova epidemia de cólera no país, onde este desastre coincidiu com um forte aumento de infectados, revelou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira.
"A prioridade tem que ser o acesso à água própria para o consumo, já que é a única maneira de controlar a cólera", disse o chefe do Departamento de Doenças Epidêmicas da OMS, Dominique Legros.
A organização enviou uma equipe de 80 médicos especialistas em distintas áreas para avaliar a situação no país e prestar apoio às autoridades haitianas. A ONG Médicos Sem Fronteiras, por sua vez, está preparando o envio de 40 profissionais.
Legros anunciou que a OMS está organizando o envio de 1 milhão de vacinas para a cólera no Haiti como parte dos esforços para prevenir uma maior expansão da doença, que pode ser fatal na precariedade que sofre o país. Essa quantidade de vacinas serviria, em princípio, para imunizar 500 mil pessoas, já que a vacinação completa consiste em duas dose.
Legros disse que ainda não está decidido onde nem como será realizada à campanha, porque algumas das áreas mais afetadas pela passagem do furacão, particularmente no sudoeste, estão com o acesso muito difícil.
Os especialistas avaliam a possibilidade de utilizar para esta emergência somente uma dose por pessoa, o que garantiria uma proteção de pelo menos seis meses e permitiria superar o período de maior risco para a propagação da cólera no Haiti, que vai de novembro a janeiro. Uma campanha de vacinação em massa nas próximas semanas evitaria assim um agravamento da situação.
Conforme dados da OMS, desde o início do ano foram registrados 30 mil casos de cólera no Haiti, com um aumento constante nos últimos meses. Desde a grande epidemia que começou em outubro de 2010, meses após um terremoto que arrasou o país no início daquele ano, foram detectados 800 mil casos de cólera e mais de 9 mil pessoas morreram por esta causa.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!