O ex-presidente Lula foi o convidado de honra do governo do Acre para inaugurar um frigorífico em Brasiléia (distante 240 km de Rio Branco), na manhã desta segunda feira (30) e a presença dele no estado foi motivo de protesto que terminou em confronto.
Antes da solenidade, marcada paras as 10 (horas Acre), um grupo de manifestantes do movimento "Fora Lula", foi agredido por militantes da Juventude do Partido dos Trabalhadores.
Os membros do manifesto exibiam miniaturas do boneco pixuleco, e a os militantes petista revoltados com a provocação partiu para as vias de fato. O deputado federal Major Rocha (PSDB-AC), foi agredido com um soco na testa durante o confronto.
A Polícia interviu, mas mesmo assim, por outras duas vezes, os grupos acabaram trocando novas agressões.
Na solenidade, prestigiada por cerca de duas mil pessoas, segundo a Polícia Militar, o ex-presidente lembrou de sua trajetória no Acre, que começou em 1983, lembrando da condenação a 3 anos de prisão por ter dito a frase: "chegou a hora da onça beber água".
No discurso, Lula evitou falar da lava jato e das constantes noticias envolvendo seus filhos, mas criticou o governo da presidenta Dilma, e atribiu ao povo brasileiro o momento de crise que país atravessa.
" Se o Brasil tem problema a culpa não é da Dilma, é das duzentos e dez milhões de pessoas que precisam ajudar. Quando você achar que ninguém presta, entre na política você também",, criticou.
Em outro trecho, Lula criticou a falta de ações no governo de Dilma.
" No meu governo, o norte e o nordeste foram as regiões que mais cresceram, mas ainda falta fazer muito, falta fazer muito. Falta mais universidade, falta mais escola técnica, falta melhorar o ensino fundamental, falta mais industria. Hoje nós precisamos recuperar o tempo perdido", disse.
Lula permanece no Acre nesta terça feira (2), onde cumpre agenda ao lado do governador Tião Viana (PT).