Empresária é morta pelo seu caseiro após descobrir que casa era alugada para criminosos
Foto: Divulgação
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O caseiro de uma empresária paulista morta na Baixada Santista foi preso com a mulher no Rio de Janeiro e confessou o crime. O assassinato aconteceu na semana passada em Peruíbe, cidade a 141 km de São Paulo.
A vítima viajou de São Paulo até sua casa em Peruíbe, no litoral paulista, para uma visita de rotina. Ela queria cuidar das plantas e deixar ração para os cachorros, mas também havia a desconfiança de que o caseiro estivesse alugando o imóvel para terceiros, além de estar traficando drogas no local.
O caseiro e a empresária discutiram. Marcos Fábio de Souza, de 39 anos, trabalhava com ela havia dois anos e meio. Um objeto decorativo do jardim — uma escultura de madeira maciça conhecida como carranca — foi a arma usada para matar a vítima. Ruth Rodrigues, de 56 anos, foi atingida com um único golpe na parte de trás da cabeça, o que causou uma hemorragia. A mulher morreu na hora.
Segundo o delegado que investiga o caso, Aldo Galiano Junior, diretor do Deinter 6 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), ele amarrou o corpo da empresária em sacos plásticos e o envolveu em panos que estavam no varal. Vinte minutos após o crime, o caseiro colocou o corpo dentro do carro da vítima e o abandonou em um matagal perto da praia do Caramborê.
Em seguida, de acordo com as apurações da Polícia Civil, o suspeito lavou o local do crime com água sanitária, sabão e água.
O carro da empresária, usado para levar o corpo até um matagal, foi incendiado. O suspeito havia deixado o veículo na rua Oito, no bairro de Santa Cruz. Dentro do automóvel, os peritos do IC (Instituto de Criminalística) encontraram um cobertor azul com manchas de sangue.
Cortadores de palmito, que trabalham na região da beira da estrada, encontraram o cadáver por volta das 11h de terça-feira (15) e chamaram a Polícia Militar.
Um boletim de ocorrência de desaparecimento da mulher havia sido registrado no dia anterior por seu marido e pelo próprio caseiro. Os policiais militares notaram que as características do corpo eram semelhantes às da microempresária, como explica o delegado Aldo Galiano Junior.
— O indiciado foi até a delegacia registrar o caso do sumiço da mulher que havia matado, junto com o marido da vítima, que é um comerciante de 76 anos.
O marido foi ao local e reconheceu o corpo. A necrópsia realizada pelo IML (Instituto Médico Legal) mostrou que a causa da morte foi hemorragia — decorrente da agressão.
Segundo a Polícia Civil, na madrugada de terça-feira para quarta-feira (16), mais de 24 horas depois do assassinato, Marcos Fábio de Souza decidiu se esconder na casa de parentes. Ele foi até a rodoviária e embarcou para o Rio de Janeiro com a mulher. O casal deixou para trás a filha de 12 anos.
O caseiro, nascido em Pernambuco, contou que cometeu o delito porque a vítima o chamou de “nordestino” usando um tom preconceituoso, fato que o deixou ofendido. A investigação, entretanto, apontou que o suspeito e a vítima discutiram por um possível envolvimento do suspeito com o tráfico de drogas. Ela suspeitou que ele estivesse alugando seu imóvel para criminosos.
Marcos Fábio de Souza (foto) resolveu se entregar à polícia assim que soube que era apontado como o principal suspeito do crime. Ele confessou o assassinato.
— Me arrependo muito, que Deus me conforte. Eu não tinha ideia de que isso ia terminar desse jeito.
Uma equipe da Polícia Civil foi à cidade carioca, prendeu o homem e o levou a um CDP (Centro de Detenção Provisória) paulista.
O caseiro responderá por homicídio qualificado (pena que vai de 12 a 30 anos), ocultação de cadáver (de 1 a 3) e fraude processual — modificação de local de crime (de 6 meses a 4 anos e multa).
A mulher do caseiro, Carla Nunes Paraíso, de 28 anos, também está presa. A polícia acredita que ela ajudou a lavar a casa e a esconder os vestígios do crime, como conta o delegado Galiano.
— Se ela não tivesse participação ou algum indício de participação, ela não iria abandonar a filha e se refugiar no Rio de Janeiro.
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