O advogado da Comissão de Ética do PT do Acre, Valdecir Nicácio Lima, afirmou à reportagem do
rondoniaovivo.com que não afirmou que o jornalista da Rede Globo de Televisão, Tim Lopes, teria sido assassinado em um morro do Rio de Janeiro por ser pedófilo.
A afirmação, segundo o jornalista Paulo Andreoli e outras pessoas presentes, foi feita pelo advogado em um WorkShop sobre Mídia e Poder que aconteceu na sede do Partido dos Trabalhadores na noite de quarta-feira (3) em Porto Velho (
Leia a matéria aqui).
Lima afirmou que, como fazia parte do tema do WorkShop, exemplificou que se os traficantes presos tivessem dado outra versão sobre o caso (
diferente do que foi publicado massivamente pela emissora de TV), esta versão não iria interferir no processo que apurava as causas de investigação da morte do jornalista.
“Se os traficantes tivessem dito que Tim Lopes teria subido ao morro para praticar pedofilia, e por isso, teria sido morto, a versão não sobreporia o que a mídia estava expondo para o país e para o mundo”. Segundo Lima, o mesmo citou ainda no WorkShop que, como fazia parte da Secretaria de Segurança Pública, sabia que corria uma investigação sobre casos de pedofilia, praticada pelos traficantes no Rio de Janeiro, e o jornalista Tim Lopes trabalhava exatamente com essa linha de investigação no morro da Vila Cruzeiro. “Acredito que foi aí que houve a confusão da platéia”, afirmou o advogado.
A reportagem do
rondoniaovivo.com insistiu com o advogado, afirmando ao mesmo que não só o jornalista Paulo Andreoli entendeu que ele estava afirmando e não citando um exemplo hipotético, mas que também
militantes e convidados da palestra confirmaram ter ouvido acusação contra Tim Lopes. Porém Lima reafirmou que não fez tal acusação, apenas criou uma situação para exemplificar o tema. Segundo o mesmo, a palestra acabou mostrando mais uma vez , na prática, “o poder que a mídia tem”.