Um ex-prestador de serviços da Caixa Econômica Federal, cujo nome não foi divulgado, foi preso ontem pela Polícia Federal durante o cumprimento de ordens de busca e apreensão em duas casas, na Capital. Com ele foram encontrados aproximadamente 450 cartões de beneficiários do Bolsa-Família, com os quais ele sacava os benefícios na rede bancária.
As casas são do mesmo acusado, que está detido na carceragem da PF.
*Segundo a assessoria de comunicação da PF, ele teria se aproveitado da demora dos reais beneficiários das bolsas para apossar-se dos cartões e passar a acessar os benefícios na Caixa.
*O superintendente da Caixa, Aurélio Cruz, disse que o acusado foi desligado da instituição há seis meses.
*"Ele nunca foi funcionário da Caixa, apenas prestava serviço a uma empresa terceirizada, mas mesmo assim iremos abrir uma sindicância para apurar o fato e, se necessário, tomarmos as devidas providências", disse o superintendente.
*A PF descobriu outros nomes envolvidos no mesmo tipo de crime e investiga neste momento se não se trata de uma quadrilha de estelionatários. Também está sendo investigada a suposta participação de outros funcionários da Caixa nas operações criminosas.
*Pelas regras do Bolsa-Família, as famílias interessadas se inscrevem nas prefeituras e órgãos de assistência social. O proces-samento e entrega dos cartões são responsabilidades da Caixa. Nesse ponto, ocorria o des-caminho dos documentos.
*Como cada bolsa atualmente paga entre R$ 100 e R$120, o golpe pode ter custado, no mínimo, R$ 45 mil por mês aos cofres públicos.
*O paradeiro da quantia e o tempo de ação da fraude também estão sendo investigados. Novas prisões podem ser feitas a qualquer momento.