Lembra a tentativa da criação de um estado desmembrado o sul de Rondônia e nordeste mato-grossense - que não deu em nada
Foto: Divulgação
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“O amanhã chega cedo demais” é o título brasileiro de um filme de 1971 dirigido por Jack Nicholson, expressão incomum para indicar o que pode vir a ser e subitamente acontece. Há uma década, considerando a conjuntura mundial da época, a possibilidade de uma ligação comercial completa entre os oceanos Pacífico e Atlântico passando pela Amazônia era algo que as pessoas provavelmente projetavam apenas para netos ou bisnetos.
Pois essa rota de integração deverá estar pronta em setembro, segundo a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. E setembro, mostra o calendário, é agora. O que era um futuro distante se apresenta já diante de nós. Ligar o Brasil aos portos de Manta, no Equador, Chancay e Paita, no Peru, além do porto de Tumaco, na Colômbia, era uma utopia quando os governos e povos de todos esses países eram sacudidos no intervalo de alguns meses por golpes de Estado, turbulências e crises.
Além da estabilidade continental, o grande obstáculo para qualquer grande obra era a atração de investimentos. Os EUA jamais quiseram fortalecer a América Latina, preferindo tê-la como um doente frágil dependendo de suas sopinhas ralas, daí balizarem investimentos na região com base em seus próprios interesses. Construir o porto de Chancay consumiu investimentos de grande vulto feitos pela China. Baseada em seus próprios interesses, claro, mas sem escravizar a América do Sul.
Sobrevivente entre diários centenários como Alto Madeira e o Guaporé e demais jornais que marcaram época como a Tribuna e o Estadão, o Diário da Amazônia chegou aos 32 anos de circulação em tempos da mídia impressa. Inaugurado em 13 e setembro de 1993, numa aliança formada pela família Gurgacz com o jornalista Emir Sfair, dono do jornal O Paraná em Cascavel, já falecido, este rotativo ganhou asas nos anos 90. No seu auge, na década passada, além da circulação estadual instalou sucursais no Acre, Roraima e no Amazonas. Vida longa Diário!
Recentes pesquisas revelam a satisfação dos aliados do governador Marcos Rocha (União Brasil) já anunciado como pré-candidato ao Senado em 2026. Ele está entre os governadores mais aprovados, além daqueles no topo do ranking como Ratinho Junior (Paraná), Tarcísio de Freitas (São Paulo), Ronaldo Caiado (Goiás), Romeu Zema (Minas Gerais), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), Gladson Camelli (Acre) e Helder Barbalho (Pará). A aprovação de Rocha e a tradição dos rondonienses elegerem governadores ao Senado –casos de Valdir Raupp, Ivo Cassol e Confúcio Moura – deixou os chapas brancas irradiantes.
A coisa andou meio a passos de cágado, mas já é um alento a contratação pelo governo federal do Instituto Fundação Instituto de Administração para viabilizar estudos, num prazo de seis meses, para a modelagem da parceria socioambiental para a reconstrução da rodovia 319, que conecta Porto Velho a Manaus, numa extensão de quase 900 quilômetros. O trecho critico é o chamado meião, de mais de 460 quilometro, que é objeto de entraves ambientais já que parte da estrada entre Porto Velho a Humaitá e Manaus a Careiro – já está pavimentada. A conexão rodoviária, como se sabe, é repleta de atoleiros no inverno amazônico.
A então deputada federal Raquel Cândido já alertava nos anos 80 que grande parte da população de Porto Velho estava envolvida com o tráfico de drogas. Tinha toda razão e naquela época uma Operação da Polícia federal, denominada de “traficc”, atingiu fortemente Porto Velho, Guajará Mirim, Cacoal e Vilhena, com apreensão de aviões, caminhões, embarcações. Na operação desenvolvida pela segurança pública de Rondônia na semana passada foram apreendidas toneladas e cocaína e maconha e armas, sendo fechadas tantas bocas de fumo, etc, O lamentável da coisa é que tudo isto é enxugar gelo. A atividade segura a criminalidade algum tempo, passados algumas semanas o tráfico volta com a corda toda.
Muitos moradores da capital rondoniense vão lembrar que nos anos 80 o tráfico já dava as caras por aqui com força e o centro da atividade criminosa era o tradicional bairro Mocambo, vizinho do Areal, proximidades do Cemitério dos Inocentes, onde está sepultado o poeta Vespaziano Ramos. De lá para cá as coisas se expandiram para a Zona Leste, hoje campeã de criminalidade, de tráfico, ponteando no número de boqueiros nas suas principais avenidas. A expansão do narcotráfico em Rondônia tem a participação dos cartéis da Bolívia, do Peru e da Colômbia. E a BR 364 se transformou numa das estradas mais cocaineiras do País.
Lideranças políticas e empresariais do Nortão do Mato Grosso estão voltando a carga para tentar desmembrar aquela prospera região do agronegócio no estado do Mato Grosso do Norte. Iniciativa neste sentido vem desde a década passada e aumentaram com quatro municípios da região recordistas em produção de soja e milho pugnando como a capita do novo estado o município de Sorriso majoritariamente povoado por migrantes paranaenses, gaúchos e catarinenses. Lembra a tentativa da criação de um estado desmembrado de Rondônia, com municípios do sul rondoniense e nordeste mato-grossense - que não deu em nada.
*** Todo prefeito que assume faz uma campanha pela cidade limpa em Porto Velho lutando contra os sujismundos da vida. Lembro que o falecido Chiquilito Erse que chegou a flagrar e prender um infrator despejado detritos na Av. dos Imigrantes *** Hildon Chaves e agora Leo Moraes voltaram ao tema recorrente. Vamos ver se ele consegue sucesso. Até hoje prevaleceram os sujismundos emporcalhando a cidade até nos canais e igarapés com carcaças de geladeira e sofás velhos *** Na política, os bolsonaristas festejam a visita no próximo dia 27 da ex-primeira dama Michele Bolsonaro, possível candidata à presidência da República *** Também poderá ser vice de Tarcísio de Freitas, atual governador de SP.
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