Os vendedores informais notificados não pretendem descumprir a determinação por medo de perderem seus materiais de trabalho
Foto: Divulgação
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Vendedores informais que trabalham há vários anos à margem da avenida rio Madeira, localizada em frente ao Porto Velho Shopping, estão apreensivos e indignados após terem sido impedidos de continuarem no local.
A proibição do trabalho dessas pessoas nessa área da cidade foi dada por agentes municipais representando a prefeitura de Porto Velho, o documento foi apresentado durante a noite desta última sexta-feira (31) e já passa a valer a partir desta segunda (3).
Caso os informais não cumpram a determinação municipal, sob tutela do ex-promotor Hildon Chaves (PSDB), a penalidade será apreensão de todos os materiais de trabalho, além de aplicação de multa.
Nessa área é comercializado lanches, pipoca, sucos, entre outras alimentações que servem como uma alternativa para trabalhadores e famílias que precisam ou preferem economizar sua renda.
O carrinho de pipoca
Luiz Carlos de Souza Silva é vendedor informal há 30 anos, na área da venda de pipocas ele está há 20 anos, sendo que a localização de seus dez últimos anos foi nesse ponto em frente ao shopping.
De acordo com ele, durante todo esse tempo em que trabalha nessa área, nenhum prefeito fez o que Hildon Chaves está fazendo com esses trabalhadores, onde em sua grande maioria, como é no caso de Luiz Silva, tira de lá a sua única renda familiar.
“O prefeito nos iludiu com uma conversa tão bonita e sabe o que fez? Me impediu de trabalhar, em um país com treze milhões de desempregados ele está desempregando mais gente”, disse Luiz Silva.
Os vendedores informais notificados não pretendem descumprir a determinação por medo de perderem seus materiais de trabalho, porém já buscam através da mídia e outros meios uma forma de alertar ao prefeito em relação ao riscos aos quais essas pessoas estão sendo expostas ao ficarem sem o direito de apenas buscarem seu meio de vida.
De acordo com a legislação municipal é proibido a instalação de barracas ou estruturas comerciais em calçadas ou logradouros públicos sem as devidas permissões, porém a seletividade dos locais onde a Lei é feita valer pelos agentes da prefeito, além do bom senso em relação à um local onde famílias tiram o seu sustento são os pontos questionados ao prefeito da cidade.
O repórter William Ferreira “Homem do Tempo” foi até o local e conversou com os trabalhadores no momento em que estavam sendo autuados pelos agentes.
Confira vídeo:
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