A confirmação de que as fraudes no INSS envolvem um esquema maior reforça o pedido feito pelo deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) para ampliar o prazo da CPMI que investiga o roubo de aposentados. O parlamentar apresentou o requerimento antes da nova fase da Operação Sem Desconto, diante da falta de ação do governo e da resistência da esquerda em aprofundar as investigações.
O alerta feito pelo parlamentar foi confirmado nesta quinta-feira (18), quando o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou que a nova operação da Polícia Federal revelou uma estrutura criminosa mais ampla do que a estimada inicialmente. Diante disso, o senador anunciou que pedirá a prorrogação dos trabalhos da comissão por mais 60 dias.
O pedido já havia sido formalizado pelo deputado Coronel Chrisóstomo no Requerimento nº 2860/2025, apresentado em 1º de dezembro. No texto, o parlamentar aponta que a fraude atingiu milhões de aposentados e pensionistas, com descontos ilegais feitos diretamente nos benefícios pagos pelo INSS.
Para ele, encerrar a CPMI no prazo inicial favorece a impunidade. Esse esquema vem funcionando a anos dentro do INSS, sem investigação séria. Só agora, com a CPMI, a verdade começou a aparecer. Por isso é preciso mais tempo. Encerrar a comissão agora é proteger quem errou e virar as costas para quem foi roubado.”, alertou o deputado.
Segundo o texto do Requerimento, a prorrogação é necessária para analisar dados bancários, documentos do INSS e quebras de sigilo já autorizadas. O objetivo é identificar todos os responsáveis, propor indiciamentos e apresentar medidas para impedir novas fraudes.
Operação Sem Desconto
A nova fase da operação da PF resultou na prisão de integrantes ligados ao Ministério da Previdência e ampliou as investigações sobre pessoas próximas ao governo. Os fatos, segundo o deputado, confirmam que o esquema é mais profundo do que se dizia no começo.