'Minha atuação é clara: não vou permitir que a saúde seja tratada como negócio. Estou aqui para defender os profissionais e os cidadãos de Rondônia'. Essas foram as palavras do deputado estadual Delegado Camargo (Republicanos) que iniciou uma verdadeira cruzada em prol da saúde pública no Estado de Rondônia.
Uma das frentes de luta dele é o Projeto de Decreto Legislativo, apresentado por ele, que tem como objetivo impedir a Concorrência Pública 011/2022, que visa transferir para à iniciativa privada a gestão do Hospital de Urgências e Emergências de Rondônia (Heuro), em Porto Velho. Avaliada em R$ 10,1 bilhões, a proposta de concessão é alvo de críticas de Delegado Camargo, que vê nela risco à qualidade do atendimento e à valorização dos profissionais da saúde.
O deputado alerta ainda que a empresa declarada vencedora da licitação, Aliança Saúde e Participações S.A., não possui experiência em gestão de hospitais de alta complexidade em contratos desse porte.
'Isso representa um risco direto à eficiência do atendimento e à integridade dos recursos públicos', avaliou.
Desvios
Outro alerta feito pelo parlamentar em relação as terceirizações no setor de saúde pública, são as graves denúncias de corrupção envolvendo as empresas prestadoras desses serviços. Órgãos de fiscalização como o Tribunal de Contas da União (TCU), Controladoria-Geral da União (CGU) e pelo Ministério Público (MP), afirmou ele, tem confirmado denúncias de desvios e má gestão de recursos.
'Casos recentes em outros estados, com desvios bilionários e contratos suspeitos, reforçam a necessidade de cautela em Rondônia', enfatizou Delegado Camargo.
Ele disse que essa luta dele contra a terceirização da saúde pública em Rondônia, visa também a preservação de empregos dos profissionais que atuam nos diferentes setores das unidades de saúde estaduais.
'Não podemos permitir que a busca pelo lucro se sobreponha ao direito fundamental à saúde. Minha prioridade é garantir que o serviço público continue funcionando com excelência e que os trabalhadores da saúde sejam respeitados e valorizados', finalizou Camargo.