Parlamentar destaca que agronegócio é a principal fonte de renda em Rondônia
Foto: ASSESSORIA
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O anunciado fim do programa permanente de vacinação contra a febre aftosa, no rebanho bovino em Rondônia, foi duramente criticado pelo deputado Jean Oliveira (MDB), durante sessão plenária nesta quarta-feira (13). As chamadas medidas de biossegurança, dispostas no projeto do Governo Federal para erradicação da doença, prevê a retirada da vacinação no Estado já a partir do próximo ano.
Para o parlamentar, a decisão do governo brasileiro em acabar com o sistema periódico e obrigatório de vacinação e ter Rondônia como primeiro estado da federação a aderir tal medida, é de extremo perigo para a economia estadual. Ele lembrou que o Estado está no ápice de uma produção de muita qualidade e quantidade e recentemente fechou negociações para atender parte do mercado consumidor da China.
O deputado destacou que aqui se produz uma carne de alta qualidade e livre de doenças. Ele frisou que isso foi conquistado ao longo de muitos anos de trabalho no setor pecuário, “levando Rondônia a ser referência nacional e internacional neste setor”. Disse também que conversou com vários produtores e todos temem o término abrupto do processo de vacinação.
De acordo com o orador, é preciso muita cautela em deixar Rondônia se submeter a uma experiência desta natureza, que pode colocar a perder tudo que o Estado conquistou até hoje. O parlamentar não vê a Agência de Defesa Sanitária suficientemente preparada para impedir a entrada da doença nas divisas e na fronteira. Ele alerta também para o risco de sabotagem, com introdução de vírus nos rebanhos rondonienses. “Somente a vacinação mantém o gado livre de doenças em quaisquer circunstâncias, ” assinalou.
Jean Oliveira disse ainda que a pecuária em Rondônia é a principal fonte de receita do Estado. “Simplesmente paga as contas, ” reforçou. Ele sugeriu ainda uma sequência de audiências públicas para discutir o assunto em plenitude. Mesmo entendimento tem Adailton Furia (PSD) que defende uma consulta aos produtores.
Mais opiniões
Outros deputados também falaram sobre o tema. Cirone Deiró (Podemos) questiona como será feito o monitoramento na fronteira para combater possíveis focos da doença. Ele indaga ainda como será a indenização dos produtores em caso da retomada da aftosa. Adelino Follador (DEM) disse que o governo do Rio Grande do Sul declarou o fim da vacinação e teve que voltar atrás com casos de retorno da febre no rebanho da região.
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