“Quando a conta chegar, o prefeito deverá estar nas praias do RJ ", disse Léo Moraes

Dória e Hildon chegaram a ser fotografados juntos e assumiram a comparação.

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Não bastassem os próprios problemas para convencer que foi um bom prefeito em São Paulo, o agora pré-candidato ao governo paulista, João Dória, ainda tem que aguentar um “mini-mim” no norte fazendo verdadeiras barbaridades em nome da “boa gestão”.

 

Para entender isso, é preciso voltar a 2016, quando no processo eleitoral, a revista Veja fez o desfavor a João Dória (o original) de compara-lo com o ex-promotor de justiça e empresário milionário, Hildon Chaves, que também era um ‘outsider’ na política.

 

 

Ambos deram com os burros n’água. Dória está ainda correndo para conseguir garantir a candidatura ao governo paulista e Hildon até hoje não teve competência sequer para montar uma equipe administrativa. Um único setor funcionou em sua gestão e pasme, foi a secretaria de Esportes, que apesar de sua relevância, não foi suficiente para manter os altos índices de popularidade que o prefeito tinha em sua campanha e nos primeiros meses de administração.

 

Dória e Hildon chegaram a ser fotografados juntos e assumiram a comparação. E os dois se mostraram verdadeiras fraudes no quesito gestão pública. Dória passou grande parte de seu meio mandato viajando Brasil afora para tentar viabilizar sua candidatura à presidência da República, algum devaneio que deve ter tido lá pelas bandas dos jardins, e seu amigo do norte chegou a cogitar, acredite, a possibilidade de ser candidato ao governo de Rondônia.

 

E o principal problema enfrentado na gestão é a saúde. Hildon brigou com a classe médica inteira, os postos de saúde estão largados à própria sorte e o prefeito, sabe-se lá por qual motivo, enfiou na cabeça e agora quer convencer à população que a melhor alternativa para o setor é jogar nas mãos das Organizações Sociais, um modelo que não deu certo em nenhum estado exatamente pela altíssima quantidade de denúncias de corrupção, ingerência e ineficiência. 

 

Mesmo assim, nas raras vezes que está em Porto Velho e se dispõe a participar de algum ato público, ele discursa tentando convencer da maravilha que são as OS. Na semana passada, a Assembleia Legislativa realizou uma audiência pública para debater o tema e avaliar se, de fato, seria uma alternativa viável. A prefeitura ignorou o evento, ao contrário de órgãos que conhecem os problemas gerados pelas OSs, como a Controladoria Geral do Estado e Ministério Público Federal e estadual.

E nessa audiência, o deputado Léo Moraes lembrou que a gestão tucana é destaque nacional por ter o maior índice de contratação de cargos comissionados no Brasil. O prefeito Hildon Chaves (PSDB) abarrotou todos os compartimentos administrativos do Poder Executivo de Porto Velho.

 

O deputado alertou que uma hora a conta vai chegar, e talvez Hildon não seja mais prefeito, “pode ser que esteja em alguma praia do Rio de Janeiro ou fazendo um cruzeiro pelo Mediterrâneo”.

“Não desceu do palanque””

 

O prefeito Hildon Chaves se defende das críticas que partem do deputado alegando que ele “não desceu do palanque”, referindo-se ao fato de Léo Moraes ter ficado em segundo lugar nas eleições de 2016.

 

Léo, por sua vez lembra que deixou a administração naufragar sozinha, “eu me afastei completamente, passei um ano observando e ouvindo queixas da população. Ao contrário do prefeito, eu estou sempre na cidade, percorro os distritos quase que semanalmente e sei dos problemas que a população enfrenta. Não faço críticas vazias, quero apenas que ele cumpra o que prometeu, que foi cuidar de Porto Velho”, afirmou o deputado.

 

Prefeito de férias na Europa com a família e amigos

 

O parlamentar se referia ao fato do prefeito estar sempre viajando. No final do primeiro semestre de mandato, Hildon tirou férias e viajou com a família para a Europa, enquanto à população aguardava pacientemente as anunciadas melhorias que até hoje não aconteceram. O prefeito se tornou conhecido como “Hildon buracão”, em função da enorme quantidade de buracos que tomou conta das ruas.

 

Ano passado, a bancada federal havia destinado para Porto Velho um total de R$ 130 milhões para obras de asfalto, até hoje a prefeitura não conseguiu executar por falta de projeto e incapacidade de superar a burocracia. 

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