Vereador diz não acreditar que o ex-senador Expedito Júnior esteja "por trás" do negócio e lembra situação complicada da empresa em outras cidades
Foto: Divulgação
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PORTO VELHO – O vereador em Ariquemes, Ernandes Amorim (PTB), sugeriu à Polícia Federal, Ministério Público Federal e Tribunal de Contas do Estado de Rondônia investigações minuciosas a respeito do que ele classifica de “pano de fundo” para a privatização da Companhia de Água e Esgotos de Rondônia (Caed), numa decisão que envolve o Governo do Estado e a Prefeitura de Porto Velho
Amorim, ex-senador da República, desaconselha “entregar todo o patrimônio da Caerd” à empresa Aegea, que também atua em Ariquemes e em Buritis. Em entrevista concedida ao jornalista Arimar Sá, no Programa A Voz do Povo, Amorim alertou o prefeito Hildon Chaves (PSDB): “Se essa empresa se instalar em Porto Velho, como vem sendo divulgado, a cidade e o Estado vão perder bastante, porque ela tem muitos problemas em outras cidades brasileiras, inclusive em capitais”.
“Depois da gestão da Águas de Ariquemes no meu município, o preço da água triplicou, a população chia e fica no berro, por isso sou subscritor de uma CPI na Câmara Municipal de Ariquemes, para que investigue a empresa”, disse o vereador.
Segundo ele, a empresa do grupo Aegea está “dando problema em todo o Estado na gestão de água e esgoto, começando por Pimenta Bueno, Rolim de Moura e agora em Ariquemes”.
“São grossos rolos nas concessões”, alertou.
O vereador soube que o ex-senador Expedito Júnior (PSDB) teria feito sucessivas visitas ao prefeito de Ariquemes, Thiago Flores (PMDB), e aos atuais prefeitos daquelas cidades, a fim de tratar do tema concessões. “Eu não acredito que Júnior possa estar por trás dessa falcatrua”, alfinetou.
Amorim aconselhou o prefeito: “Não embarque nessa onda, entregando a concessão de águas do Município à empresa interessada”. “É pedido de amigo”, explicou. “Prefeito Hildon, sei do seu compromisso com esta cidade, mas tenha cuidado com essa privatização. Volto para dar notícias sobre isso”, prometeu.
NOTA
Recentemente, no portal Rondoniaovivo, o editor Paulo Andreolli mencionou o portal G1, lembrando que em três de março a Aegea teve R$ 18 milhões bloqueados, alvo de investigação da força-tarefa da Operação Sevandija por suspeita de pagamentos de propina e fraude em licitação de obras do Departamento de Água e Esgoto (Daerp) de Ribeirão Preto (SP).
Uso racional da água
Em Ji-Paraná, o uso racional e o consumo de água tratada é o tema da campanha de conscientização socioambiental aberta nesta quinta-feira (1) durante o Seminário Universalização da Água de Ji-Paraná. Trata-se de um trabalho social coordenado e fiscalizado pela Caerd.
O evento ocorreu na Câmara Municipal com a participação de estudantes da rede pública. O objetivo é conscientizar a população a respeito da segurança do consumo de água tratada e os possíveis riscos de transmissão de doenças quando do uso de água extraída de fontes alternativas, como os poços e cisternas, por exemplo.
As ações de conscientização popular terão duração de 16 meses consecutivos, com visitação técnica nas residências, comércio e indústria, reuniões em associações de moradores de bairros, escolas e comunidades religiosas.
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