A viagem do prefeito Roberto Sobrinho (PT) e sua esposa Lucilene Peixoto dos Reis para a Itália durante o período de férias escolares de julho de 2007, onde a primeira dama recebeu 14 diárias de US$ 553,00 para despesas pessoais deve ser investigada com seriedade pelas autoridades legalistas de Rondônia.
De acordo com portaria 031/07 do gabinete do prefeito, publicada no Diário Oficial do Município 3068, a autorização de viagem foi para Lucilene, lotada como professora no município, assessorar Roberto Sobrinho num intercâmbio entre a Associação Casa Família Rosetta e o Governo Regional Siciliano para supostamente atrair recursos para um futuro projeto de recuperação de mulheres dependentes químicas.
Acontece que de acordo com a publicação oficial, a viagem era para atrair recursos para projetos sociais já em andamento e não para tentar criar novo projeto como foi alegado pela assessoria de campanha do prefeito.
A diretora da Casa Rosetta em Porto Velho, Giuci Fulco em entrevista ao Rondoniaovivo, disse que realmente em julho de 2007, Roberto e Lucilene estiveram na sede da Instituição na Itália em visita informal para conhecer o projeto católico. Segundo Giuci, ela mesma estava na Itália neste período, quando se encontrava em retiro espiritual.
Porém ainda de acordo com Giuci, o casal esteve por apenas “três ou quatro dias” em visita a Casa Rosetta, não sabendo informar onde o casal esteve e visitou nos restantes dos dias que estiveram no velho continente. A viagem durou de 17 a 31 de julho de 2007.
Durante a estada de Sobrinho e Lucilene na instituição italiana, não foi assinada nenhuma carta de intenção ou protocolo para a criação do suposto projeto que ensejou a viagem.
Questionada porque o projeto de recuperação de mulheres drogadas ainda não foi implantado na capital, já que mais de um ano já se passou do suposto intercâmbio, Giuci disse que “projeto não nasce de um dia para o outro”e desabafou: “Não acho justo envolverem uma instituição séria como a Casa Rosetta em campanha política. Somos apartidários”.
O que a diretora da Casa Rosetta não se atentou foi que a afirmação que o primeiro casal de Porto Velho esteve durante 14 dias na sede da Casa Rosetta na Itália foi da própria assessoria da prefeitura e não de adversários políticos.