CAOS NOS PRESÍDIOS: Parazinho e outros fugitivos do sistema prisional de RO aterrorizam população

Antônio Freitas da Silva, o “Parazinho” já disse diversas vezes que nenhuma cadeia o para; ele tem extensa ficha criminal e está solto desde setembro de 2022

CAOS NOS PRESÍDIOS: Parazinho e outros fugitivos do sistema prisional de RO aterrorizam população

Foto: Reprodução da internet

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Conforme o Rondoniaovivo trouxe, as deficiências do sistema prisional de Rondônia seguem preocupando a população, com criminosos que fogem frequentemente, e ainda por cima, aterrorizam a sociedade, causando caos no dia a dia das cidades rondonienses.

 

Até uma simples conta/números envolvendo os fugitivos da penitenciária de Pimenta Bueno causa controvérsia. A Polícia Militar e o Ministério Público estadual dizem que foram 13 fugitivos com seis recapturas. Já a Sejus (Secretaria Estadual de Justiça) reafirma que foram “apenas” 11 detentos que saíram e quatro recapturados.

 

O Rondoniaovivo cumprindo com seu objetivo de informar à sociedade, continua fazendo um raio-x das fragilidades do sistema carcerário de Rondônia. E vamos usar apenas um, mas grave exemplo: Antônio Freitas da Silva, o “Parazinho”, que já fugiu várias vezes de Ariquemes e de outro presídio em RO.

 

Presídio de Ariquemes detém "recorde" negativo de fugas sistemáticas em menos de sete anos de inauguração; praticamente virou casa de "passeio ou de férias" para bandidos - Foto: Reprodução da internet

 

Ele tem extensa ficha criminal com décadas de condenação e lidera um bando que tortura e faz vítimas na zona rural do Vale do Jamari. Sua facção é conhecida como “Novo Cangaço” (VEJA NO FINAL DA REPORTAGEM DOCUMENTO QUE COMPROVA SUA FUGA).

 

“Parazinho” matou uma conhecida empresária no Vale do Jamari após uma de suas várias fugas. O crime chocou Monte Negro por conta da brutalidade: a vítima tinha apenas 31 anos e foi executada com um tiro na cabeça. O criminoso já afirmou várias vezes que não tem presídio que o segure, segue fugindo e matando pessoas.

 

E ele é só mais um exemplo. Fugiu e matou. Como ele, existem dezenas ou centenas espalhados pelas ruas de Rondônia. A pergunta que atormenta muitas famílias: quem pode ser a próxima vítima?

 

O cidadão rondoniense não faz ideia de que há centenas de fugitivos de presídios que “ganharam as ruas” e podem estar ao seu lado, em seu bairro ou rua.

 

Penitenciária de Pimenta Bueno é considerada "bomba relógio" por policiais penais por ter vários membros de uma facção - Foto: Reprodução da internet

 

E a população acompanha preocupada todos os passos das forças de segurança para recapturar os fugitivos do presídio de Pimenta Bueno (cuja fuga completou mais de uma semana), já que todos são considerados violentos e de alta periculosidade, além de serem vinculados ao Comando Vermelho (CV).

 

Esse fato também nos faz relembrar do caso Lázaro Barbosa, que o país acompanhou a sua recaptura, como em um episódio de uma série. Ele ficou conhecido como o “serial killer de Brasília”. Lázaro também tem um extenso histórico com pelo menos seis de fugas de presídios.

 

E vem a pergunta inevitável: “Quantos Lázaros estão soltos nas ruas?”

 

"Parazinho" está livre, leve e solto há quase dois anos, e, continua aterrorizando população do Vale do Jamari; ainda faz questão de dizer que "nenhuma cadeia me segura" - Foto: Reprodução de vídeo

 

Colapso prisional

 

O presídio de Ariquemes, construído com projeto e verba do Governo Federal e inaugurado em 2017 acumula histórico de 24 ocorrências de fugas somente no período de agosto/2017 a julho/2022. Isso permitiu que 124 criminosos “ganhassem as ruas”. Em uma só ocasião, 16 presos fugiram.

 

Já a Penitenciária Estadual de Pimenta Bueno virou sucursal de uma facção, pois segundo policiais penais ouvidos com exclusividade pela reportagem do Rondoniaovivo contaram que cinco foragidos são do CV e outros são “devotos da facção”, embora ainda não tenham se declarado formalmente.

 

Esse é o principal fato que faz o Ministério Público Estadual participar ativamente das buscas, por meio do Grupo Especializado de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

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