Quase todos os dias, Rondoniaovivo divulga participação de apenados novas ilegalidades ou execuções deles
Foto: Arquivo/Rondoniaovivo
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
Virou rotina em Rondônia: quase todos os dias o Rondoniaovivo divulga envolvimento de apenados em crimes durante saídas para trabalho externo (seja por meio de convênios ou pelo regime semiaberto) ou de execuções cometidos por rivais em acertos de contas.
E neste ano, esse tipo de fato virou corriqueiro, especialmente em Porto Velho, que concentra maior parte das cadeias públicas do estado.
Veja linha do tempo abaixo (para reler as reportagens, basta clicar no link após a data):
31 de maio - Apenado é derrubado de motocicleta na bala em frente ao MPT
02 de junho - Vulgo 'G5' baleado em frente ao MPT na capital morre no hospital
06 de junho - Apenado foi atacado a tiros após sair de serviço no CPA
16 de junho - Vídeo mostra execução de apenado com tiros na cabeça
21 de novembro - Apenado que matou jovem e jogou corpo em poço foi preso em escola
28 de novembro - Acusado de roubos a bancos consegue fugir de penitenciária na capital
02 de dezembro - Servidora pública é agarrada por detento dentro de repartição pública na capital
06 de dezembro - Apenados do laboratório criminal deram informações para roubo de droga
Detento teria executado rapaz de 20 anos e jogado corpo em um poço na capital - Foto: Arquivo/Rondoniaovivo
‘Sistema falido e falho’
Para o sociólogo José Carlos Rodrigues, especialista em criminalidade, a fórmula que envolve o sistema prisional brasileiro não funciona mais.
“Infelizmente, é um sistema falido e falho. Muitos criminosos ‘profissionais’ praticamente vão passar férias nos presídios. Tem cinco refeições por dia, conseguem ter acesso à telefones celulares, muitas vezes repassados até por policiais penais corruptos ou parceiros de crimes. E dependendo da situação, estão mais protegidos lá do que aqui fora”, explicou ele.
Que completa: “Os detentos têm direito sim de trabalhar para diminuir a pena e garantir algum sustento para suas famílias que estão longe dos presídios. Mas tem que ser com rigor e bastante fiscalização. Em outros países, os apenados fazem serviços públicos para sociedade como limpar cidades ou construir estradas, mas acompanhados por forte aparato policial. Aqui no Brasil, confiar em tornozeleira eletrônica é inviável. É passe livre para criminalidade”.
Respostas
O Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual da Justiça (Sejus), responsável pelos presídios e detentos rondonienses, enviou seguinte nota ao Rondoniaovivo, que será reproduzida na íntegra abaixo:
“Com o intuito de cumprir a Lei de Execução Penal (LEP), em específico no que tange à assistência ao preso e internado e objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade é que a Sejus realiza a inserção de pessoas no mercado de trabalho”.
O texto ainda segue: “A Secretaria de Estado da Justiça - Sejus informa que a inserção de pessoas em cumprimento de pena em trabalhos em órgãos públicos é precedida por análise realizada pela Gerência de Classificação da Sejus, bem como a compatibilidade com o regime de cumprimento de pena em que estão”.
A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.
Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!
Aos leitores, ler com atenção
Este site acompanha casos policiais. Todos os conduzidos são tratados como suspeitos e é presumida sua inocência até que se prove o contrário. Recomenda-se ao leitor critério ao analisar as reportagens.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!