ZAGAN – Mais de R$ 3 milhões de notas falsas tinham sido apreendidas em fazenda de Mário Calixto

Em 2010 uma ação da Polícia Militar de Candeias do Jamary em Rondônia, aprendeu mais de R$ 3 milhões em notas falsificadas e que estavam escondidas em uma das fazendas do empresário Mario Calixto...

ZAGAN – Mais de R$ 3 milhões de notas falsas tinham sido apreendidas em fazenda de Mário Calixto

Foto: Divulgação

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Em 2010, uma ação da Polícia Militar de Candeias do Jamari em Rondônia, aprendeu mais de R$ 3 milhões em notas falsificadas e que estavam escondidas em uma das fazendas do empresário Mário Calixto, localizada na zona rural daquele município.
Na época, a apreensão se tornou uma das maiores do país e foi desencadeada quando um adolescente tentou comprar uma bermuda usando uma nota de R$ 50 falsa, que dizia ter achado.

O fato estava sob investigação e vinha sendo severamente apurado em sigilo, sendo desvendado com essas prisões realizadas na operação ocorrida hoje na capital.

 

CONFIRA A MATERIA PÚBLICADA NO DIA 14/03/2013.

 

 

 

Maior apreensão de notas falsas do Brasil permanece sem culpados

No dia 21 de abril de 2010, policiais militares através de denúncias chegam até um adolescente acusado de ter realizado compra com nota falsa em um comércio da pequena cidade rondoniense de Candeias do Jamari, localizada a cerca de 20km da capital.

A partir desse momento inicia-se uma investigação sobre a origem da nota de 50 reais falsificada e que culminaria com a maior apreensão de notas falsas do Brasil.
Um caso ainda sem solução que desafia as autoridades, colocando em xeque os procedimentos investigatórios da Polícia Federal, titular do inquérito.
Os fatos
Era noite quando um garoto de 15 anos comprou uma bermuda numa loja. A dona do comércio ao receber o dinheiro desconfiou da cédula. Com a chegada da PM, o rapaz que estava acompanhado de outros quatro menores de idade, disse onde tinha achado o dinheiro e levou a polícia até o local.
Na diligência, em uma chácara indicada pelo menor, próxima à Linha 45 da Hidrelétrica de Samuel, encontram um Fiat/Palio estacionado. Dentro do veículo, com placa de Trindade (GO) encontraram cerca um milhão de reias. Em um bueiro localizado na chácara foi encontrada uma bolsa com R$ 203.900,00. Na casa do garoto localizaram mais de 80 mil reais. Na chácara, mais dois homens foram presos, Mazinho (21) e Fabrício (20).
No outro dia, já com o carro apreendido, em uma busca minuciosa procedida pela Policia Federal foi encontrado em um fundo falso no porta-malas e nos forros das quatro portas do carro, mais cerca de 1 milhão e quinhentos mil reais. Ao total, segundo a PF, foi apreendido cerca de R$3.000.000,00, considerando-se assim a maior apreensão do país.
Donos
Com a apreensão do carro, em mais uma busca minuciosa procedida pela Polícia Federal foi encontrado em um fundo falso no porta-malas e nos forros das quatro portas do carro, cerca de 1 milhão e quinhentos mil reais
A propriedade rural onde foi encontrado o dinheiro falso era na época de propriedade do empresário da comunicação rondoniense Mário Calixto Neto.
Mário Calixto responde por diversos crimes dentro e fora do estado de Rondônia. Esteve foragido quando foi preso pela Polícia Federal no dia 12 de junho de 2012 enquanto almoçava com um assessor do senador Acir Gurgacz em um restaurante no Distrito Federal.
O dono do carro não foi identificado, segundo informações, o veículo estava em nome de uma financiadora de crédito.
Indícios apontavam que o dinheiro apreendido poderia ser usado em uma vasta distribuição no tráfico de entorpecentes ou até em campanha política. Tudo especulações que há quase três anos ainda não foram esclarecidas à sociedade.
Polícia Federal
Após todos os procedimentos realizados pelos policiais militares que deram o flagrante, as investigações referentes a quem de fato pertence o dinheiro e qual seria seu destino e finalidade, ficou a cargo da Polícia Federal.
As investigações perduram há aproximadamente três anos. Ninguém está preso por esse crime realizado em Rondônia e despertou o interesse de todo o país.
Em contato com a Superintendência da Polícia Federal em Rondônia, a assessoria de comunicação informou apenas que os agentes federais continuam nas investigações. Nenhum dos questionamentos realizados foi respondido sob a alegação que a investigação precisa ser mantida em segredo.
A situação
Até o momento a única certeza que a sociedade brasileira tem é a de que a maior apreensão de notas falsas da história do país continua sendo um mistério.
De quem pertencia o veículo? Quais eram as ligações entre o proprietário da chácara? Para onde iria esse dinheiro? Como uma quadrilha pode produzir tamanha quantidade em cédulas? Onde foram confeccionadas essas cédulas encontradas em Rondônia?
Esses são apenas alguns dos vários questionamentos que a sociedade faz sobre esse caso, que até o momento vem tornando-se sinônimo de impunidade. Até o momento.
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