O candidato a deputado estadual pelo PC do B, Gebrim Abdala, foi preso no último sábado (18.09), por agentes da Polícia Federal, na rua Aracaju, entre T 14 e T 15, bairro Nova Brasília, em uma residência onde estava acontecendo uma reunião do candidato, regada a muita cerveja e churrasco.
Agentes da Polícia Federal atenderam a uma denúncia anônima do 148 e se infiltraram na reunião que tinha mais de 100 pessoas. Quando o candidato chegou e começou a falar, os agentes lhe deram voz de prisão e outras 20 pessoas.
Na Delegacia da PF, em Ji-Paraná, o dono da casa Oziel Theodoro de Paula, assumiu a responsabilidade da festa. Após quatro horas de depoimentos, Gebrim e seus assessores e testemunhas foram liberados.
O dono da casa foi encaminhado para o presídio Agenor de Carvalho. Oziel responderá pelos crimes eleitoral, consistente em fornecer alimentação gratuita a eleitores (Lei 6.091/1974. Art. 1) que prevê reclusão de quatro a seis anos e pagamento de 200 a 300 dias-multa (art. 302 do Código Eleitoral).
A PF abriu inquérito para apurar o caso. Em caso de condenação, Gebrim pode ter o registro de sua candidatura cassado.
DOMINÓ
Gebrim Abdala foi um dos presos da Operação Dominó, ocorrida em 2006, que desbaratou uma quadrilha que desviou mais de R$ 70 milhões da Assembléia Legislativa de Rondônia. Gebrim ex-vereador de Ji-paraná (2004-2008) e é filho do ex-deputado estadual Haroldo Santos (PP) e irmão de Haroldinho Santos, um dos principais arrecadadores do dinheiro que foi desviado por deputados.
CAMPANHA MILIONÁRIA
Gebrim atualmente é filiado no PC do B e realiza uma campanha milionária em nível de Estado e tem como coordenadores de campanha vários integrantes que foram presos na Operação Dominó. Um de seus principais coordenadores de campanha é Moisés Oliveira, irmão do ex-presidente da Assembléia Legislativa, Carlão de Oliveira, e Haroldinho Santos.
O pai, Haroldo Santos, é quem coordena a campanha de Gebrim e do ex-senador Amir Lando (PMDB-RO), na região de Ouro Preto.