MP oferece cinco denúncias contra delegado de Rolim de Moura

MP oferece cinco denúncias contra delegado de Rolim de Moura

MP oferece cinco denúncias contra delegado de Rolim de Moura

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

O Ministério Público de Rondônia, por meio dos Promotores de Justiça Leandro da Costa Gandolfo e Marcelo Lincoln Guidio, ofereceu cinco denúncias contra o Delegado de Polícia Civil, Wagner de Almeida Januário, pela prática de crimes como supressão de documentos, peculato, furto, estelionato, denunciação caluniosa e coação no curso do processo.
Wagner ocupava o cargo em comissão de Delegado Regional de Polícia em Rolim de Moura, tendo sido afastado no dia 24 de outubro, e preso, preventivamente, no dia 29 do mesmo mês, por determinação da Justiça, que acatou pedido do MP.
O pedido de afastamento partiu dos Promotores de Justiça da comarca, sob a alegação de que, no exercício de seu cargo, o delegado vinha abusando rotineiramente de suas atribuições e prerrogativas. O pedido foi deferido pela Juíza Márcia Regina Gomes Serafim, que, na ocasião, advertiu o delegado de que não poderia transitar nas dependências de nenhuma Delegacia de Polícia, sobre as quais exercia autoridade.
Mesmo afastado, Wagner passou a intimidar os Promotores de Justiça que haviam promovido as ações e investigações, razão pela qual foi preso dois dias depois por ordem da Juíza Márcia Serafim, sendo trazido a Porto Velho, onde foi solto no dia 4 de dezembro, com base em um Habeas Corpus impetrado junto ao Tribunal de Justiça de Rondônia.
De acordo com uma das denúncias ofertadas à Justiça, pelo Ministério Público, Wagner Almeida, na condição de delegado regional, ocultou ou destruiu documentos públicos verdadeiros que provavam infração penal e procedimento criminal já instaurado contra seu sogro, o empresário do ramo madeireiro Antônio Jubel Pires, cujo caminhão carregado de madeira sem documentação foi apreendido em uma barreira policial. O objetivo dodenunciado com a manobra era livrar o empresário de responsabilização criminal e ostentar poder sobre a instituição policial.
Além de supressão de documentos públicos, cuja pena varia de dois a seis anos de reclusão e multa, o delegado também foi denunciado pelo MP por coação no curso do processo, pois conforme denúncia da Promotora de Justiça Alessandra Apolinário, ele passou a intimidar os Promotores de Justiça e, durante dois dias, chegou a fotografar e filmar o filho de um deles, numa conduta típica de coação, cuja pena varia de um a quatro anos de reclusão, além de multa, de acordo com o artigo 344 do Código Penal. Em seu interrogatório, Wagner tentou justificar o fato afirmando que estava investigando o uso indevido da viatura do Ministério Público pelos Promotores.
A estas denúncias soma-se, ainda, o desvio de viaturas da polícia civil destinadas à investigação de crimes, que foram habitualmente usadas pelo delegado para o deslocamento até o município de Cacoal, onde lecionava em uma instituição de ensino superior. O esquema teria resultado em gastos de aproximadamente R$ 74 mil, tomando-se por base o valor referenciado de corridas de táxi entre Rolim de Moura e aquela cidade.
A outra denúncia diz respeito ao furto de um veículo VW Cross-Fox que Wagner teria subtraído e transportado até a Bolívia com o auxílio do comparsa Gesiel Cândido Pereira, sendo que, depois disso, ele ainda tentou obter valor de seguro indevido, decorrente do furto a que ele próprio havia dado causa. As penas variam de três a oito anos de reclusão no caso do furto e, de um a cinco anos de reclusão no caso do estelionato.
Ouvidos a respeito, os Promotores de Justiça agradeceram a colaboração recebida da OAB, bem como de vários policiais civis de Rolim de Moura e região, salientando que foi graças às representações vindas deles que todas as investigações tiveram início. Tais representações acabaram resultando na primeira de todas as denúncias já ofertadas, referente à instauração de um inquérito policial determinada por Wagner, a pedido da sua própria companheira, a psicóloga Simone Lia Pires, com a finalidade de incriminar outra psicóloga, concorrente desta última, que teria ido a Rolim de Moura aplicar testes psicotécnicos para a Polícia Federal, para concessão de portes de arma de fogo. Este fato é punível com reclusão de dois a oito anos.
Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Na sua opinião, qual companhia aérea que atende Rondônia presta o pior serviço?
Você ainda lê jornal impresso?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS