A Polícia Civil abriu inquérito para investigar um possível crime de estupro, cujo suspeito é o próprio pai da vítima. O caso foi denunciado na quarta-feira da semana passada na Promotoria da Infância e Juventude do Ministério Público Estadual, pela garota que hoje está com 14 anos.
Diante da narrativa da vítima, o promotor José Rocha solicitou a prisão preventiva do pai, que é funcionário público. No mesmo dia, o juiz da 2ª Vara Criminal, Jarbas Lacerda de Miranda, expediu o mandado de prisão determinando que o servidor fosse tirado do convívio da filha e preso.
Ainda na sexta-feira à tarde, a equipe de policiais da Polinter (Polícia Interestadual) prendeu C.C.V. e o apresentou no plantão do 1º Distrito, onde ele foi interrogado.
O servidor negou que tivesse cometido abusos sexuais contra a filha e foi recolhido à carceragem do DP. Já a garota foi encaminha para fazer exame de conjunção carnal no Instituto de Medicina Legal.
Em seguida, o delegado ouviu a mãe da garota, que se mostrou surpresa com a acusação feita pela filha e afirmou que não tinha conhecimento de nada. Quando a garota começou a ser ouvida voltou atrás na acusação e inocentou o pai. A adolescente alegou que havia acusado o pai pelo fato dele se mostrar rigoroso com ela e proibi-la de sair para festas como ela gostaria.
Diante da nova situação, o promotor pediu o relaxamento da prisão do pai e, no sábado, o juiz plantonista concedeu o habeas corpus. Por volta das 16 horas, o servidor foi posto em liberdade. Porém, o caso foi encaminhado ao NPCA (Núcleo de Proteção da Infância e Juventude) para que realize novas diligências a fim de esclarecer se há ou não fundamento na denúncia.
A denúncia chegou ao Ministério Público depois que a garota revelou à direção da escola que era abusada sexualmente pelo pai. Ela foi encaminhada à psicóloga da escola e posteriormente decidiu formalizar a denúncia. De acordo com o primeiro relato da garota, o pai teria começado a molestá-la quando ainda tinha dez anos. Enquanto dava banho na criança, ele aproveitava para acariciar o corpo da filha. Quando ela completou 12 anos, disse que sofreu o estupro e desde então o pai abusava sexualmente sempre que a mãe dela não estava em casa.