O detento Devair Soares foi assassinado, com duas facadas (ombro e pescoço), na madrugada desta terça-feira (12), por volta das 4h30min, dentro da Casa de Detenção de Vilhena.
O acusado de ter cometido o crime é o presidiário, Maurílio Gomes Monteiro.
Segundo os investigadores da Polícia Civil que estão trabalhando no caso, durante a madrugada um dos agentes penitenciário notou uma movimentação estranha em uma das celas e resolveu verificar o que estava ocorrendo.
Ao chegar próximo à cela da vítima, notou que ele estava gemendo e pedindo por socorro. Havia uma grande quantidade de sangue no local.
O agente penitenciário deu um tiro para alto a fim de alertar os outros colegas de serviço. Os agentes acionaram o Corpo de Bombeiros que providenciou o transporte do presidiário para o Hospital Regional, onde foi submetido a procedimento cirúrgico. Porém, Devair não resistiu aos ferimentos e faleceu. Os companheiros de cela da vítima entregaram para os policiais a faca usada no crime.
O detento Maurílio se apresentou a polícia e assumiu ter praticado o crime. Durante o transporte de Devair para o Hospital, ele contou a um policial militar que o acompanhava, que Maurílio tentou matá-lo a mando do detento Júlio Pereira Gomes, conhecido como Pia. Mas ele não revelou o motivo.
Júlio foi ouvido pela delegada Solange Guimarães e negou que tenha ordenado a morte do detento e também afirmou que não sabia nada sobre o crime.
Júlio Gomes é acusado de vários delitos e cumpre pena de mais de 40 anos por uma série de homicídios.
Maurílio ao ser ouvido pela delegada, não se pronunciou sobre o crime e disse que só iria se manifestar perante o juiz. Ele já esteve preso por roubo e, atualmente, cumpre pena por tentativa de homicídio.