Um garoto de 3 anos de idade morreu, ontem à tarde, ao ser atropelado por uma motocicleta no bairro Senador Hélio Campos. Diego Moreira de Souza, que até então não tinha sido registrado em cartório, conforme informou o avô materno Raimundo Moreira, tentava atravessar a rua N-21 para brincar com os colegas, quando foi colhido pela moto Titan verde, placa NAL 7508, que era conduzida pelo militar do Exército Nilvan M. da Silva.
O militar não sofreu nenhum arranhão e, após bater na criança, conseguiu equilibrar a motocicleta e parou alguns metros depois. Ele permaneceu no local até a chegada de uma equipe da Polícia Militar e prestou as informações aos policiais. Foi apresentado no plantão do 4º DP para providências, enquanto a moto seria apreendida e entregue no Detran (Departamento Estadual de Trânsito) porque, segundo informou um dos militares, não estava com a documentação em dia.
Nilvan disse que seguia sentido Centro quando o garoto surgiu atravessando a rua. Ele teria tentado evitar o acidente, mas foi tudo muito rápido e a moto ainda atingiu a criança na cabeça. “Eu não estava em alta velocidade, tanto é fato que consegui me segurar na moto e parei mais à frente, sem que caísse”, acrescentou.
No distrito, ele contou ao delegado João Luciano que a criança estava soltando pipa e correu para rua, ocasião em que bateu com a cabeça no farol e caiu. “Ele permaneceu no local e solicitou o resgate. Portanto, após ser ouvido, será liberado para responder pelo crime de homicídio culposo no trânsito, em liberdade”, informou o delegado.
O avô da criança, Raimundo Moreira, contou que o neto tinha acabado de sair de sua casa, que fica na rua S-30, próximo do local do acidente. “Eu estava em casa quando o vizinho da esquina avisou que meu neto tinha sofrido um acidente e, quando cheguei ao local, ele já estava morto”, disse acrescentando que a criança morava com ele e gostava de ir para a rua brincar com os amigos.
O comerciante Flávio, que estava em sua loja na esquina, contou que o garoto gostava de ir para lá e ontem não foi diferente. “Ele estava aqui brincando do lado e eu, sentado atrás do balcão, o vi passando em direção à rua. Porém, por um instante, ele sumiu da minha vista devido a uma coluna da parede da loja e, em seguida, escutei a batida. Veio no pensamento que seria com ele e logo confirmei ao olhar para a rua e vê-lo caído no asfalto”, informou a testemunha.
O local ficou cercado de moradores do bairro, que protestaram contra a imprudência e o excesso de velocidade que alguns motoristas e motociclistas desenvolvem na N-21, que tem um trânsito intenso. Cerca de 200 metros antes do local do acidente existem redutores de velocidade (tachões com olho-de-gato), mas os moradores dizem que já não estão adiantando, pois os condutores de veículos passam por cima sem reduzir a velocidade. “É necessário que sejam construídos quebra-molas para evitar que novas vidas sejam ceifadas nessa rua”, disse um dos moradores.