Passados um mês e cinco dias após a deflagração da Operação Dominó, que colocou na cadeia um bando de autoridades rondonienses acusados de dilapidarem o patrimônio do Estado, a Assembléia Legislativa, considerada a mais corrupta do Brasil se manifesta e amparada em leis por ela criada, decide libertar o deputado Carlão de Oliveira, considerado pela Justiça como o chefe da organização criminosa que desviou milhões de reais dos cofres públicos rondonienses.
*Por 13 votos a 2, os membros do Legislativo decidiram que a prisão preventiva do parlamentar, que está preso por porte ilegal de arma de fogo, é irregular e encaminhou e protocolou no final da tarde de segunda-feira (11), cópia da decisão para o Tribunal de Justiça, que deverá colocar o deputado em liberdade.
*Carlão de Oliveira, que é do PSL, teve sua candidatura à reeleição impugnada pela Justiça Eleitoral em Rondônia e recorreu ao TSE. Seu nome continua aparecendo no horário eleitoral gratuito. Caso seja solto, o parlamentar deverá voltar à presidência da Assembléia Legislativa ainda esta semana.
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Operação Dominó - A Polícia Federal prendeu em 4 de agosto 24 pessoas, entre elas os presidentes da Assembléia Legislativa, Carlão de Oliveira, do Tribunal de Justiça, Sebastião Teixeira Chaves e o vice-presidente do Tribunal de Contas do Estado, Edílson Silva, além do candidato a vice-governador pela coligação de Ivo Cassol Carlos Magno, que também foi chefe da Casa Civil do Governo de Rondônia, o ex-procurador geral do Estado, José Carlos Vitachi e o juiz José Jorge da Luz. *Todos, com exceção de Carlos Magno, já foram soltos por determinação do STJ, que não aceitou a denúncia de formação de quadrilha. Assessores e servidores da Assembléia que foram presos e continuam encarcerados por decisão da Justiça Rondoniense ainda aguardam decisão sobre seus respectivos habeas corpus.
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Saiba mais em: * ALE/RO nega prisão preventiva de Carlão de Oliveira e envia decisão ao TJ