MPE prevê para breve o encerramento das investigações do fatal acidente com o “Trio Mimosa”

MPE prevê para breve o encerramento das investigações do fatal acidente com o “Trio Mimosa”

MPE prevê para breve o encerramento das investigações do fatal acidente com o “Trio Mimosa”

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

*Investigações do Ministério Público do Estado de Rondônia em relação ao Trio “Mimosa”, que no último dia 20 de fevereiro provocou um acidente vitimando dezenas de pessoas e provocando três mortes, estão correndo de forma rápida, foi o que disse o promotor Héverton Alves Aguiar, que juntamente com outros dois promotores, Ivanildo de Oliveira e Julian Imthon Farago, estão à frente da investigação do acidente. *De acordo com Héverton, baseado no laudo da perícia técnica da Criminalística, o caminhão ( Ford Cargo 1114, placa GND 8866) não tinha condição nenhuma de circular. Pela estrutura montada sob o chassis, o acidente era inevitável. Se não fosse naquele ponto do trajeto (na avenida Carlos Gomes, esquina com a rua Tenreiro Aranha) seria mais à frente. “Um absurdo completo”. *O promotor, até o andamento atual das investigações, disse que a responsabilidade do acidente deriva da ausência total do poder público do município, ou seja, segundo o mesmo, a Fundação Iaripuna, através da Comissão Permanente de Análise de Eventos de Grande Porte, é quem estava responsável pela fiscalização de qualquer veículo que tivesse acesso ao perímetro da Banda do Vai Quem Quer. De acordo com as apurações, a Fundação esteve ausente no evento. Mesmo o presidente da fundação, Ariel Argob, quando ouvido pelo promotor, não soube prestar maiores esclarecimentos sobre esse fato. *Um fato revelador dito pelo promotor e que dá uma dimensão ainda mais singular a tragédia é que não havia autorização para a realização do evento, ou seja, oficialmente a Banda do Vai Quem Quer não estava autorizada a sair por aquele trajeto. Vale ressaltar que a Banda é quem cadastra os veículos que têm acesso ao perímetro do trajeto, mas, de acordo com declarações de Manoel Mendonça, o Manelão, diretor da Banda, o veículo foi retirado do trajeto três vezes, e ainda assim permaneceu seguindo na avenida. *O promotor Héverton foi enfático em dizer que houve omissão do poder público no caso e que em relação a isso ele esclareceu que esse poder “tem dono” e ele se chama municipalidade. “Todo evento de grande porte tem que a ver fiscalização, checagem da segurança, pois o município é responsável, neste caso, pelo bem estar da população, o que, infelizmente não houve”. *Segundo ainda o promotor o Ministério Público do Estado não vai propor as indenizações às vítimas, apenas orientá-as sobre os seus direitos e elas deverão contratar advogados e exigir junto ao município essas indenizações. *
PREVISÃO E CULPA
*Por enquanto três pessoas foram indiciadas pela fatalidade, José Joaquim dos Santos, Charles Henrique Ribeiro Mateus e Valter Júnior da Costa (o motorista do caminhão), mas isso não descarta que outras pessoas possam também se juntar ao trio. Héverton disse que os culpados serão indiciados em homicídio doloso, onde segundo o artigo 18, inciso I, do Código Penal, diz que “quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo”. *Num exemplo bem claro, e que ajuda a entender o que significa isso aos leigos, basta reproduzir que ”(...) igualmente comete homicídio doloso – desta feita imbuído de dolo eventual – o agente que inicialmente não queria que sua manifestação de vontade produzisse o resultado morte, mas, objetivamente, o previu e, em o prevendo, o aceitou ou assumiu. “Não quero matar” – pensa o agente –; “mas esta minha atitude pode vir a matar” – deduz, expressa ou presumidamente -; “Ah, que mate” – conclui o criminoso.(...)” *O promotor disse que desde o primeiro momento do acidente quanto o Ministério Público do Estado foi acionado, os procedimentos para apuração, numa investigação que segue paralelamente com a Delegacia Especializada em Direitos de Trânsito (DEDT), foram imediatos, ele cita o fato de que com uma semana após o acidente, o motorista e o dono do veículo foram ouvidos no mesmo dia, o que levou a abrir um leque de informações que acresceram ainda mais as investigações. *Na documentação que viabilizava a circulação “irregular” do caminhão com o “trio Mimosa” de acordo com o promotor, não havia laudo do Corpo de Bombeiros. E em relação às supostas ameaças que vítimas ou testemunhas ouvidas pelo MPE sobre o caso estariam sofrendo, ele afirmou que não procede e mesmo não tem conhecimento de tal fato, ainda assim providências e cautela foram tomadas sobre o caso. *Héverton por fim disse que as investigações devem chegar ao fim dentro das próximas semanas quando serão ouvidas mais algumas pessoas envolvidas no acidente. Finalizado esse processo de investigação a denúncia será encaminha à justiça.
Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Na sua opinião, qual companhia aérea que atende Rondônia presta o pior serviço?
Você ainda lê jornal impresso?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS