PESAR: Morre Milton Crevelaro, uma vida dedicada a Ji-Paraná

Desde que chegou a Rondônia, em 1983, Crevelaro esteve presente nas grandes transformações da vida econômica de Ji-Paraná.

PESAR: Morre Milton Crevelaro, uma vida dedicada a Ji-Paraná

Foto: Reprodução

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Morre aos 80 anos de idade o empresário e um dos fundadores da Cooperativa JiCred Milton Crevelaro. Ele passou mal em Ourinhos, interior de São Paulo, quando estava com tudo pronto para voltar para Rondônia. Doze horas depois da internação, morreu por volta das 23 horas de ontem (23/06).  A família providencia o translado do corpo para Ji-Paraná, que deve chegar hoje à noite. O velório está previsto para acontecer no Palácio Maçônico Jovem Gonçalves Vilela, no Centro. Milton será sepultado amanhã, lado da mulher, Rosa Crevelaro – a dona Tuta, que morreu há quase três anos. Milton deixa os filhos Antônio Carlos , Carmem, José Pedro, Viviane, oito netos e três bisnetas.
 
Enfermidade
 
‘Seo’ Milton estava em tratamento de um tumor no fígado, em Curitiba, fazia um ano e meio. Muito embora a fé e a esperança de que superaria esse desafio, Milton sabia que as chances de cura não eram animadoras.
 
Em Ourinhos, recém-chegado de Curitiba, na casa do filha Carmem e o genro Azenildo, Milton havia planejado voltar de carro com o filho para Rondônia . Ele gostava desse tipo de aventura. Ele passaria primeiro em Mirandópolis, também em São Paulo, para visitar o irmão mais novo, ontem passou mal e 12 horas depois, no hospital, veio à notícia da morte.
 
Paulista de Birigui
 
Nascido em quatro de setembro de 1944, em Birigui, interior de São Paulo, Milton acabou construindo uma vida empresarial em Mirandópolis, cidade na qual construiu uma indústria de moveis. Em fevereiro de 1983 pegou os quatro filhos e a mulher e se mudou para Ji-Paraná, que há seis anos havia se tornado município. Seu primeiro empreendimento foi o loteamento Jardim das Seringueiras. Na época do Governo Ângelo Angelim, assumiu o cargo de delegado da secretaria de Fazenda em Ji-Paraná. Investiu em uma construtora e na papelaria Papillon.
 
CrediSIS JiCred
 
Com a criação da cooperativa de crédito, em 1999, Milton Crevelaro foi eleito presidente e ocupou o cargo por 16 anos ininterruptos. Durante a gestão dele, a CrediSIS JiCred fortaleceu o espírito cooperativista e ajudou a transformar o modelo de negócios e a comunidade ji-paranaense. No depoimento de abril de 2024, Crevelaro afirmou que se sentia com o dever cumprido por ter dado sua contribuição. “Fizemos o que tinha que ser feito naquela época. Foi um grupo muito bom que chamou a responsabilidade para que a cooperativa funcionasse. E ela funcionou, e muito bem.”
 
Cargos
 
Milton ocupou a presidência da Fundação Ji-Cred, foi quando por meio de sua luta, a Fundação acabou assumindo o aeroporto de Ji-Paraná com investimentos da Ji-Cred que passaram de R$ 800 mil em 2025.
 
Milton foi presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Ji-Paraná e membro da loja maçônica.
 
História contada por Milton Crevelaro para a criação da CrediSIS JiCred
 
Na década de 90, quando Milton Crevelaro foi em busca de mais pessoas para compor o quadro de associados da cooperativa de crédito, e o círculo maçônico foi fundamental para atingir esse objetivo.
 
Ele contou no livro bibliográfico da história de Ji-Cred que, um empresário amigo (que não teve o nome revelado), ao ouvir os benefícios da proposta da cooperativa, preencheu um cheque no valor de R$ 2 mil e o entregou a Crevelaro dizendo: “Isso aqui fica com você. Não estou acreditando muito nisso [no funcionamento da cooperativa], mas, fica com esse dinheiro”. E o que veio a seguir foi ainda mais surpreendente. “E peguei o cheque e rasguei na frente dele. E disse para ele, tá aqui seu cheque. Você não vai participar. Só vamos aceitar quem acredita no projeto. Se você não acredita, pra nós não serve. Não são seus R$ 2 mil ou R$ 20 mil que vão mudar isso. (…) Ele ficou muito chateado comigo”, relembrou o ex-presidente. Ao ouvir o desabafo, o mesmo empresário mudou de ideia. Ele reconsiderou a adesão e, dessa vez, fez um cheque de R$ 5 mil e deu a garantia (e cumpriu) de que a empresa dele também participaria como associada. O fato reflete bem que a meta a ser alcançada, desde o início, era de união.
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