As imagens e relatos reforçam a suspeita de que a ocupação vem sendo estruturada para uma permanência prolongada e a custo alto
Foto: Divulgação
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O clima de tensão continua na Fazenda Nova Brasil, em Rondônia, um dia após a nova invasão registrada na manhã de segunda-feira (3). Segundo informações apuradas nesta terça-feira (4), os invasores permanecem acampados na área e impedem o acesso de funcionários e produtores rurais à sede da fazenda, localizada no Distrito de Abunã, cerca de 200 quilômetros de Porto Velho.
Fontes locais afirmam que o grupo, identificado como integrante do movimento sem-terra da Liga dos Camponeses Pobres (LCP), ergueu acampamento e domina o acesso ao local. Os funcionários da fazenda foram contidos a tiros, mas não houve vítimas.
Além disso, pelo menos quatro tratores de grande porte foram flagrados trabalhando dentro da área na fundiária da fazenda, realizando abertura de estradas, construção de pontilhões e limpeza de áreas para acampamento. As imagens e relatos reforçam a suspeita de que a ocupação vem sendo estruturada para uma permanência prolongada, o que preocupa autoridades e proprietários rurais da região.

A Fazenda Nova Brasil, também conhecida em documentos como Fazenda Norbrasil, é uma das áreas mais conflituosas de Rondônia. Nos últimos anos, tornou-se palco de disputas por posse de terra, denúncias de ataques e mortes de lideranças camponesas. O local integra uma das zonas críticas da Amazônia Ocidental em relação a conflitos agrários.
O conflito na Fazenda Nova Brasil reforça o alerta sobre a crise fundiária crônica em Rondônia, estado que figura entre os líderes em disputas por terra na Amazônia Legal. Entre decisões judiciais, ocupações e confrontos, o impasse se prolonga, revelando o quanto o equilíbrio entre reforma agrária, segurança rural e desenvolvimento econômico ainda está longe de ser alcançado.
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