Atrasos nos repasses do convênio colocam em risco a saúde da população rondoniense
Foto: Divulgação
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A falta de gestão na saúde do governo estadual está comprometendo as parcerias que desafogam o sistema público. Sem leitos e sem estrutura para atender a demanda, o governo busca alternativas com a contratação de serviços de parceiros. Acontece que a administração dos recursos é falha e, com isso, hospitais parceiros estão no limite porque não recebem em dia.
Um dos casos é do Hospital Santa Marcelina – mantido pela instituição religiosa Irmãs da Congregação de Santa Marcelina. A unidade de saúde muito bem estruturada e com ótima gestão é prestadora de serviços ao governo estadual, no entanto, os pagamentos não vem ocorrendo como previstos. A dívida já chega a quase R$ 6 milhões, comprometendo a compra de insumos, o pagamento de profissionais e a manutenção de serviços essenciais que atendem milhares de pessoas todos os meses.
A enorme dívida da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) com o Hospital Santa Marcelina chegou ao conhecimento da Assembleia Legislativa. Em uma reunião liderada pelo deputado estadual Delegado Camargo (Republicanos), os representantes da Sesau ouviram os apelos da direção do hospital, que descreveu um cenário de risco: setores inteiros da unidade podem ser paralisados se a situação não for resolvida de imediato.

A gravidade do cenário ultrapassa as planilhas orçamentárias: profissionais de saúde atuam em meio à incerteza, pacientes aguardam cirurgias e tratamentos temendo a interrupção dos serviços, e a sobrecarga pode se estender a outros hospitais, tanto na capital quanto no interior, que já estão superlotados.
Não é de hoje que o Hospital Santa Marcelina é parceiro do governo estadual, mas, na atual gestão, a falta de compromisso com a quitação das parcelas vem colocando a parceria em colapso. A unidade atende diariamente casos de média e alta complexidade, sendo pilar no atendimento de urgência e emergência. O atraso de recursos, segundo a própria instituição, ameaça estrangular esse suporte fundamental à população.
Com a pressão, o Governo do Estado prometeu quitar a dívida até o dia 30 de setembro. Mas a promessa, diante de um histórico de atrasos e descaso, é vista como mais um paliativo do que uma solução definitiva para a crise da saúde. Caso o governo não cumpra com mais essa responsabilidade assumida, os atendimentos à população poderão sofrer mais um enfraquecimento.
O deputado Delegado Camargo rebateu a argumentação da Sesau e cobrou postura responsável e imediata. “Estamos tratando de vidas. A falta de repasses não é apenas um problema contábil, é um risco direto para a população que depende do Santa Marcelina. Se o Governo não cumprir sua obrigação, quem paga o preço é o povo rondoniense”, afirmou o parlamentar.
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