Noticia de casamento de celebridades afirma que festança vai ter bloqueador de celular. No casamento da atriz Isis Valverde e do empresário Marcus Buaiz será instalado um sistema de bloqueio para impedir vazamento de imagens e vídeos. Coisa de gente rica.
Informação vem em contraponto a realidade de que em Rondônia, estado forte e rico aqui do Norte não tem este sistema, que combate a comunicação de detentos com a rua. Um aparelho de custo relativamente baixo se pensar nos benefícios para a segurança pública. Mas por aqui não é prioridade.
Em Brasília tramita um projeto de lei (6158/23) que obriga as prestadoras de serviços de telefonia móvel a instalar bloqueadores de celular em presídios. O texto está em análise na Câmara dos Deputados. Como é tema de segurança pública, a PL não anda.
O Projeto de Lei 6158/23 obriga as prestadoras de serviços de telefonia móvel a instalar bloqueadores de celular em presídios. A proposta foi apresentada pelo deputado Sanderson (PL-RS) e outros seis parlamentares.
Em entrevista ao portal Camara.leg, o deputado afirmou: “Isso porque tem sido cada vez mais comum que, do interior dos presídios, detentos comandem facções criminosas ou comentam crimes de estelionato empregando telefones celulares”.
Se a PL virar lei, as operadoras de telefonia terão 90 dias, a partir da publicação da nova norma, para instalarem os bloqueadores.
Seria uma solução para o estado de Rondônia, onde a SEJUS – Secretaria de Estado da Justiça não tem o mínimo interesse em deixar faccionados incomunicáveis. Segundo fontes, existe até uma espécie de acordo para manter a paz na cadeia. Uma forma escrota para “ficar calmo os presídios em detrimento da sociedade”.
Na violenta crise de janeiro, onde ônibus foram incendiados e as facções deram ordem de ataque contra o estado, em verdadeiro falta de controle sobre a incomunicabilidade prevista no Código Penal. Verdadeiros terroristas davam ordem de dentro dos presídios. E a SEJUS ficou fazendo cara de paisagem.
Uma boa hora para a bancada rondoniense em Brasília fazer algo de produtivo na segurança pública. Podem buscar dar celeridade no projeto que transfere a conta para as operadoras de telefonia móvel?
Ou melhor, deputados estaduais e federais podem enviar emendas para compra dos aparelhos bloqueadores para as cadeias de Porto Velho?
Se depender do governo do estado de Rondônia, nada vai acontecer. Dizem que não tem dinheiro para comprar bloqueadores. Tem-se outras prioridades, viagens ao exterior por exemplo, do que manter a integridade física do cidadãos que estão a mercê das facções.
E vão continuar as fugas, vão continuar dando ordens de terror na rua, vão continuar postando fotos da cadeia em rede social e o secretário importado Marcos Rito vai continuar sua péssima gestão na frente da SEJUS.
Quem diria que um casamento de famosos tem mais capacidade financeira que o Governo de Rondônia.