QUAEST: 66% dos brasileiros consideram serem classe média

QUAEST: 66% dos brasileiros consideram serem classe média

Foto: Freepik

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O aumento dos ganhos das famílias brasileiras nos últimos anos fez com que a classe média voltasse a crescer no Brasil e se tornasse o maior grupo da estratificação social: hoje, 66% dos brasileiros consideram ser da classe média, mostra pesquisa da Quaest.]

 

Mas quais são os marcadores sociais da classe média? Como ela se difere ou se parece com as outras classes? Entenda as diferenças entre as classes sociais através dos dados coletados pela Quaest.
 
O protagonismo da classe média



 
A classe média brasileira não é apenas um recorte estatístico, mas uma identidade percebida por grande parte da população. Dados da Quaest mostram que, além do crescimento nos rendimentos nos últimos anos, a sensação de pertencimento à classe média se estende para além dos critérios econômicos tradicionais.
 
Mesmo entre aqueles classificados como pertencentes à classe baixa e à classe alta, 55% e 81%, respectivamente, se enxergam como parte da classe média. Esse fenômeno reflete um fator cultural e social de que a classe média, mais do que um grupo econômico, funciona como um referencial de status para os brasileiros.
 
 
Casa própria: um símbolo de estabilidade para os brasileiros
 
A moradia é um dos principais pilares da percepção de estabilidade financeira no Brasil, e os dados da Quaest mostram que a classe média se destaca nesse aspecto. Entre os entrevistados, 59% da classe média vivem em imóveis próprios e quitados. Além disso, apenas 25% desse grupo paga aluguel, o menor índice registrado.
 
Já na classe baixa, embora a maioria também resida em imóveis próprios, a dependência do aluguel é mais expressiva, alcançando 29%.
 
Esses números evidenciam que a casa própria continua sendo um objetivo central para os brasileiros, independentemente da faixa de renda.
 
 
Famílias menores e novos arranjos familiares
 
O tamanho das famílias brasileiras também apresenta diferenças entre as classes sociais. Na classe média, a configuração mais comum é a de três pessoas por domicílio, representando 28% das famílias, um comportamento semelhante ao da classe alta, onde 25% das residências seguem esse padrão.
 
 
O estado civil também apresenta variações significativas entre as classes sociais. A classe baixa se destaca como a mais solteira, com 39% dos entrevistados declarando não ter um relacionamento formal. Já na classe alta, o casamento é mais predominante, alcançando 40% das pessoas. A classe média, por sua vez, se mantém equilibrada entre os dois estados civis, com uma leve vantagem para os casados (35%) em relação aos solteiros (34%).
 
Outro dado relevante é a união estável, mais comum entre os brasileiros de menor renda: 21% da classe baixa afirmam viver nessa condição, enquanto na classe alta esse percentual cai para 16%.
 
 
Classe média no centro da transformação financeira
 
Enquanto 68% da classe baixa têm conta bancária e 65% usam o Pix, 84% da classe média têm conta e 79% usam o Pix. Na classe alta, a integração financeira é ainda maior: 91% possuem conta e 85% têm acesso ao Pix. Esses números mostram que, em relação à bancarização, a classe média está cada vez mais integrada a serviços financeiros e se aproxima mais da classe alta do que de baixa.
 
Há uma distinção, no entanto, ainda significativa entre classes no uso de cartão de crédito: enquanto 73% da classe alta têm cartão de crédito, esse número cai para 58% da classe média e 40% da classe baixa.
 
 
Como os brasileiros lidam com o dinheiro
 
O destino do dinheiro que sobra no final do mês também mostra diferenças entre as classes sociais brasileiras. Na classe alta, a prioridade é a poupança e a segurança financeira: 24% dos entrevistados afirmam economizar e guardar para o futuro. Já na classe baixa, 15% dos entrevistados utilizam os recursos excedentes para ajudar parentes em situações de emergência.
 
 
Quando questionados se “dinheiro é feito para gastar”, a classe baixa é a que mais concorda com a afirmação, com 85% dos entrevistados compartilhando essa visão.
 
Essa diferença se reflete também na preocupação com a reserva financeira. Enquanto 78% da classe alta afirmam guardar dinheiro para evitar dificuldades no futuro, a classe baixa é a que menos prioriza esse hábito, com 73% dos entrevistados relatando poupança preventiva.
 
 
O papel do Estado para os brasileiros
 
A percepção sobre o papel do Estado na vida dos brasileiros apresenta pontos de consenso e divergência entre as classes sociais. Quando se trata de saúde e educação, há uma unanimidade quase absoluta: 98% das pessoas da classe baixa e média, e 97% da classe alta, concordam que esses serviços devem ser gratuitos e garantidos pelo governo para toda a população. 
 
No entanto, quando o assunto é tributação sobre os mais ricos, as opiniões se dividem. Enquanto 35% da classe alta discordam da ideia de uma maior cobrança de impostos sobre os mais ricos, 18% da classe baixa não concordam com a tributação.
 
 
A administração das grandes estatais, como Petrobras, Correios e Caixa Econômica, divide opiniões entre as classes sociais. A classe baixa é a que mais defende a permanência dessas empresas sob controle do governo, com 58% dos entrevistados acreditando que elas devem continuar estatais. 
 
Por outro lado, a classe alta é a mais favorável à privatização dessas empresas, com 41% concordando que deveriam passar para a iniciativa privada.
 
 
O valor da educação na vida dos brasileiros
 
A classe baixa se destaca como a que mais enxerga a formação acadêmica como um fator essencial para o futuro. Entre os entrevistados desse grupo, 58% consideram a graduação importante, enquanto na classe média e na classe alta esse número cai para 52%. Isso sugere que, para aqueles com menor renda, a educação superior ainda é vista como um caminho fundamental para ascensão social.
 
De fato, a pesquisa mostra que a universidade é amplamente percebida como um meio para conseguir um emprego melhor. Essa visão é mais forte entre a classe baixa (74%), seguida da classe média (67%) e da classe alta (60%). Esses números indicam que, quanto menor a renda, maior a expectativa de que o diploma funcione como uma ferramenta de mobilidade social.
 
A relação com o mercado de trabalho também reflete essas diferenças. Quando perguntados se “tanto faz o trabalho, desde que pague as contas”, a classe baixa foi a que mais concordou com a afirmação (84%), seguida da classe média (77%) e da classe alta (71%). 
 
 
 
 
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