Seja em assaltos as embarcações de passageiros, as barcaças de cargas, ao roubo de combustíveis, a intrusão nos garimpos de ouro ilegais onde também disputam o mercado do tráfico de drogas
Foto: Divulgação
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Quando Joe Biden se elegeu, derrotando Donald Trump, havia a certeza de que ele poderia ser benéfico para uma Amazônia protegida, a julgar pelos compromissos assumidos com o meio ambiente planetário e pela mentalidade do Partido Democrata americano, de se meter nos assuntos de todos os países, ou por acordos ou por espionagem. O que se viu foram discursos melosos, mas recursos escassos. Só agora, às vésperas de pôr o pijama, Biden veio ao Brasil, já com a certeza de que tudo que prometer e os recursos que destinar serão da boca pra fora.
Com a reeleição trilionária de Trump, os arautos do Apocalipse afirmam que seu governo será pior para a Amazônia por ele ser um negacionista do clima e pela mentalidade do Partido Republicano de privilegiar os assuntos internos de seu país. Na verdade, só mentalidades vira-latas podem acreditar, depois de meio milênio de história, que lamber as botas de qualquer presidente dos EUA será melhor para o Brasil.
Só vai pôr dinheiro no Brasil quem tiver ganhos maiores em perspectiva, não pela cor dos nossos olhos miscigenados. Trump, de fato, não está interessado em salvar mundo algum e mira exclusivamente seus próprios interesses. Nada muito diferente de Biden, que destruiu a Ucrânia para proteger os negócios de um filho naquele país. O Brasil só será melhor se agir com soberania e independência. Nenhum figurão do Norte virá nos salvar.
Dois candidatos
Não tardam as disputas intestinas no PL para a escolha do seu candidato ao governo estadual em 2026. O senador Jaime Bagatolli (PL-Vilhena) começa a se movimentar em torno de uma possível candidatura ao CPA, ao mesmo tempo que o senador Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) aprofunda entendimentos com o mesmo propósito, mas não deixando de lado, de acordo com as composições em andamento também a peleja por mais um mandato ao Senado. Bagatoli que tem mandato de oito anos, até sendo derrotado ao governo, ainda teria mais quatro anos de gestão. Rogério se perder mais uma disputa ao CPA fica no prejuízo.
Personagens vivas
Restam poucas personagens históricas ainda vivas em Rondônia e uma delas é o ex-deputado federal e ex-vice-governador Assis Canuto, afastado das lides políticas a quase uma década. Ele teve grande influência ao lançar projetos de colonização, na criação de pelo menos 40 dos 52 municípios do estado nos anos 70. Por este motivo já recebeu o título de cidadão honorário do estado e de pelo menos mais três municípios, entre eles, o último, ocorrido na Câmara Municipal de Cacoal. Justa homenagem ao criador dos Projetos Integrados de Colonização. Todos eles se transformaram em municípios.
Os piratas
Aos poucos as coisas estão voltando a normalidade em Rondônia, depois de uma seca histórica causando graves prejuízos a economia do estado. O Rio Madeira subindo, o porto oficial voltando a operar depois de dois meses paralisado, a hidrovia do Madeira já reabrindo para as exportações de grãos, carne, minério etc. Na volta à normalidade a preocupação são com os piratas do Madeira intensificando suas ações em vários segmentos de atividades. Seja em assaltos as embarcações de passageiros, as barcaças de cargas, ao roubo de combustíveis, a intrusão nos garimpos de ouro ilegais onde também disputam o mercado do tráfico de drogas.
As projeções
O ex-governador Ivo Cassol (PP-Rolim de Moura) aguarda definições de seus projetos pendentes com a justiça eleitoral para disputar o CPA, com Sérgio Gonçalves (UB), Jaime Bagatolli ou Marcos Rogério (PL), Confúcio Moura (PMDB) e outros nomes recém cogitados, como Fernando Máximo, o prefeito de Cacoal Adailton Fúria (PSD), uma nova descoberta de Expedito Junior, grande descobridor de talentos políticos – casos do próprio Ivo e de Hildon Chaves que eleitos lhe deram um pé. Porque aqui é assim, as criaturas se voltam contra seus criadores e a coisa vem de longe.
Criadores e criaturas
Falando em termos de criadores e criaturas temos um grande histórico de confrontos entre eles. Vamos a alguns casos mais conhecidos: Valdir Raupp, a criatura, devorou seu criador Jeronimo Santana, se tornando o grande nome do MDB nas décadas passadas. No lado mais conservador. Ivo Cassol acabou levando a melhor sobre seu criador, José Bianco. Vejam como são as coisas, os políticos de Rolim são mesmo predadores. Só Expedito, o criador de Cassol, não se deu bem em derrubar a criatura. Ivo não deu mole, barrando as pretensões do seu aliado em alcançar o CPA.
O pires na mão
Com orçamentos comprometidos com a folha salarial, a saúde e educação, os prefeitos eleitos não têm margem para grandes realizações em Rondônia. Seja Leo Moraes, em Porto Velho, Afonso da Mabel em Ji-Paraná, Adailton Fúria em Cacoal, se verão obrigados a correr o pires na mão em busca de recursos de emendas parlamentares dos deputados estaduais, federais e senadores. Hildon Chaves soube bem explorar este filão com os congressistas e grandes obras suas são oriundas destas modalidades de recursos recebendo verbas até de adversários. Veremos como esta nova geração de alcaides se comporta neste sentido.
Boas relações
Os prefeitos eleitos também precisam contar com bom relacionamento nas esferas estaduais federais, no caso o governador e o presidente da Assembleia Legislativa e com a União, no caso com o governo Lula. Temos casos de rivalidades tribais entre prefeitos e governadores em Rondônia, onde os prefeitos se lascaram. Tomás Correia foi asfixiado por Jeronimo Santana, que como uma sucuri, aplicou seu laço. O que dizer de Piana, sufocando José Guedes? Prefeitos como Chiiquilito (em Porto Velho), Bianco (em Ji-Paraná), Divino Cardoso (em Cacoal), Melki em Vilhena e Amorim em Ariquemes conseguiram equilibrar seus relacionamentos com o estado e a união e tiveram grandes resultados em suas gestões.
Via Direta
*** De asas crescidas, a deputada federal Silvia Cristina ambiciona disputar uma cadeira ao Senado pelo PP ou até mesmo o governo do estado, caso o ex-governador Ivo Cassol não se desenrole com a justiça eleitoral *** As lideranças políticas de Rondônia não conseguiram resolver os problemas do caos aéreo no estado e os problemas já estão se agravando neste início de alta temporada com as festividades de Natal e Ano Novo *** Os transtornos dos passageiros rondonienses estão se multiplicando: voos com atrasos, tarifas com preços abusivos, filas intermináveis nos balcões de atendimento nos aeroportos. Pobres passageiros rondonienses. Terão um final de ano sofrido nas mãos das empresas aéreas.
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