Para divulgar e valorizar o passado, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) que abarcou o trabalho da (CPRM) Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais executou projeto de construção de uma escultura em tamanho natural de uma preguiça-gigante, da espécie que habitou esta região há mais de 10 mil anos e foram extintos durante a “Era do Gelo”.
A escultura com quatro metros de altura – o tamanho real das preguiças gigantes – é uma obra do renomado escultor rondoniense Bruno Ferreira é montado em cimento e ferro. Foram oito meses de trabalho desde o início da obra até sua conclusão, este mês.
A partir de sua apresentação ao público, na próxima segunda-feira, 4 (ver convite), o espaço fica aberto ao público no horário comercial – das 8h às 12h e das 14 às 18h – de segunda a sexta-feira.
O evento, que acontece dia 4 de novembro, a partir das 9h30, na sede do Serviço Geológico, localizada à avenida Lauro Sodré, 2561, na capital, vai reunir num único espaço arte e ciência para promover também a popularização das geociências e a importância de conhecer o passado para preservar o futuro.
Em 2023, o mapeamento inédito criou passeio virtual pela maior paleotoca do Brasil construída por preguiças-gigantes. Estes animais pré-históricos viveram na região Amazônica há mais de 10 mil anos e foram extintos durante a “Era do Gelo”.
Paleotoca descoberta em Rondônia tem mais de 600 metros de extensão e chega a medir três metros de altura. Os descendentes destas espécimes são os bichos-preguiça que conhecemos hoje, que possuem menos de um metro de comprimento.
História
A Amazônia ao longo de sua historia mais recente (30.000 anos) experimentou situações climáticas distintas. Houve a chamada “Era do Gelo”, não manifestada em presença de gelo, mas um clima frio, seco e predomínio de savanas e apenas com alguns nichos florestais.
Esse cenário favoreceu o desenvolvimento de uma megafauna representada pornimais de grande porte tais como mastodontes, preguiças-gigantes toxodontes, gliptodontes, entre outros, que se espalhavam desde o Caribe até a Patagônia.
Com a mudança gradual do clima passando a ser mais quente, chuvoso e avanço da vegetação, esses animais foram gradualmente extintos, datados aproximadamente entre 11.000 a 10.000 anos atrás.
Pesquisas recentes identificaram fragmentos fosseis no Rio Madeira, graças a atividade garimpeira. Mais recente ainda foi a descoberta da paleotoca de Vista Alegre do Abunã a qual se seguiram outras.