Entre os Estados mais impactados na Amazônia, Rondônia viu mais de 110 mil hectares queimados
Foto: Divulgação
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A recuperação de áreas degradadas, inclusive as atingidas pela seca e pelas queimadas florestais, está entre as soluções inovadoras implementadas pela Rioterra, organização que busca restaurar ecossistemas e promover o desenvolvimento sustentável na Amazônia.
A Rioterra tem desenvolvido modelos de reflorestamento com espécies nativas que aceleram a recuperação de áreas destruídas pelo fogo, restaurando a funcionalidade dos ecossistemas e promovendo o retorno da biodiversidade. Através de oficinas de educação ambiental e técnicas de cultivo sustentável, a organização capacita agricultores e populações locais, respeitando o conhecimento tradicional e adaptando as práticas às especificidades de cada região.
Nos últimos meses, o Brasil tem enfrentado uma crise ambiental sem precedentes. Incêndios florestais, em sua maioria provocados por humanos, têm destruído vastas áreas de vegetação, gerando poluição atmosférica e colocando em risco a biodiversidade e a saúde pública. Entre os poluentes liberados está o dióxido de carbono, principal gás de efeito estufa. O impacto é sentido também no compromisso do país com as metas globais de mitigação das mudanças climáticas.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), de janeiro a agosto de 2024, o número de queimadas aumentou em 75% em relação ao ano anterior, totalizando mais de 107 mil focos de incêndio. Além das perdas ambientais, os impactos econômicos são devastadores: a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) estima um prejuízo de R$43 bilhões em 538 municípios que decretaram estado de emergência. Mais de 11 milhões de brasileiros foram diretamente afetados, especialmente nas regiões Norte (Amazônia) e Centro-Oeste.
Entre os Estados mais impactados na Amazônia, Rondônia viu mais de 110 mil hectares queimados. Áreas de conservação e terras indígenas, como a Uru-Eu-Wau-Wau, Rio Negro Ocaia, Pacaás Novas e Guaporé, estão entre as mais atingidas. O Parque Estadual Guajará-Mirim perdeu quase 35% de sua cobertura florestal até setembro, um golpe devastador para a conservação da biodiversidade local.
As Soluções da Rioterra: Reflorestamento e Agricultura Sustentável
Enquanto o governo brasileiro discute medidas legislativas urgentes, como a PEC 31/2024, que visa instituir o Conselho Nacional de Mudanças Climáticas, a Autoridade Climática e o Fundo Nacional de Mudança Climática, organizações como a Rioterra já estão implementando ações concretas para combater a degradação da Amazônia.
Além da produção e distribuição de mudas, a Rioterra aposta na sensibilização das comunidades locais como ferramenta de transformação. Parcerias com agricultores e associações rurais garantem que as práticas de reflorestamento sejam inclusivas e adaptadas às necessidades socioeconômicas das famílias envolvidas. Isso não só combate a degradação ambiental, mas também promove uma resiliência comunitária diante das mudanças climáticas.
“Nós mostramos que é possível prosperar sem sacrificar a natureza,” acrescenta Fabiana Gomes, presidente da Rioterra
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