SEM LIMITES: Ibama precisa de apoio aéreo para combater queimadas em Rondônia

O superintendente em Rondônia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Cesar Luiz da Silva Guimarães disse que somente com apoio aéreo vai ser possível conter as queimadas e incêndios florestais no Estado. Conforme explicou, são muito focos de fogo e com grande intensidade, o que vem dificultando as ações dos brigadistas. Ele informou que as queimadas estão ocorrendo em florestas nativas. “Houve um inverso. Antes derrubavam e queimavam. Agora estão colocando fogo na floresta em pé”, explicou.

O Ibama está com 205 brigadistas em ação em Rondônia e contratou mais 28 para reforçar as equipes. Diante da quantidade de queimadas e incêndios florestais esse quantitativo é pouco e precisa de reforço para o enfrentamento nos dez municípios com maiores registros de fogo. O superintendente sugeriu que o governo estadual faça o pedido de apoio ao governo federal para o envio de aeronave para ajudar no combate. O Ibama tem apenas três aviões sendo que um está atuando na Terra Indígena Yanomami, no Amapá, e outros dois estão no combate no Pantanal, no Mato Grosso do Sul.

Aviões de fazendas

Outra sugestão é pedir apoio de fazendeiros que possuem aviões de pulverização. Essas aeronaves poderiam ajudar a controlar as chamas e facilitar a entrada dos brigadistas. “As chamas são intensas e não tem como os brigadistas chegarem perto. Com o apoio aéreo é possível fazer o esfriamento e redução para que os combatentes possam apagar os focos”, explicou Cesar Luiz.

Tiros e pontes derrubadas

As ações criminosas colocam em risco os servidores que estão atuando para apagar o fogo. O superintendente alertou sobre as ameaças contra os brigadistas que vem ocorrendo principalmente no Parque Estadual de Guajará-Mirim. Além de tiros disparados próximos dos brigadistas, os possíveis incendiários estão destruindo pontes para impedir o acesso das viaturas do PrevFogo – serviço do Ibama especializado para o combate contra queimadas.

A ausência de policiamento favorece a impunidade uma vez que não tem como colher materialidade e autoria dos crimes ambientais.