HISTÓRICO: Madeirão tem menos de 1,2 m e coloca capital em estado de emergência

Comunidades ficaram sem água e seca desligou hidrelétrica de Santo Antônio, além de linha transmissão que vai até Sudeste do país

Rondoniaovivo

05 de Outubro de 2023 às 15:23

Atualizada em : 06 de Outubro de 2023 às 09:59

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HISTÓRICO: Madeirão tem menos de 1,2 m e coloca capital em estado de emergência

Foto: Roni Carvalho

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Uma seca histórica no Rio Madeira está levando Porto Velho a enfrentar uma situação de emergência. Em um período de 24 horas, o nível do rio diminuiu mais de 10 centímetros na cidade, atingindo uma marca inédita de menos de 1,20 metro.

A Defesa Civil Municipal alerta que, se o nível não se elevar nos próximos cinco dias, a capital pode ser declarada em estado de emergência.

A seca tem estabelecido uma série de recordes no Rio Madeira ao longo do último mês. Na última atualização, o nível estava em alarmantes 1,19 metro, o ponto mais baixo já registrado na régua de medição.

Uma reunião na “Sala de Crise’ estava programada para esta quinta-feira (05), envolvendo representantes de órgãos que monitoram as bacias fluviais na Amazônia, como a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).

Mais de 15 comunidades ribeirinhas que dependem dos recursos hídricos da Amazônia estão sofrendo com a seca do Rio Madeira, deixando-as sem acesso à água. A Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd), responsável pelo fornecimento de água em Porto Velho, estima que cerca de 15 mil pessoas estejam enfrentando a falta de água devido a essa situação crítica.

Foto: Reprodução de vídeo

Além disso, a hidrelétrica de Santo Antônio, uma das maiores do Brasil, teve que ser desligada devido à reduzida vazão de água no rio, que é essencial para a geração de energia.

Essa usina opera com um sistema de fio d'água, o que significa que mantém um pequeno reservatório e depende da vazão natural do rio para funcionar.

Em decorrência do desligamento de Santo Antônio, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) também tomou a decisão de desativar os bipolos de uma das maiores linhas de transmissão de energia elétrica do país, o Linhão do Madeira.

Com mais de 2,3 mil quilômetros de extensão, essa linha conecta as usinas de Jirau e Santo Antônio à região Sudeste do Brasil, especificamente à subestação de Araraquara (SP).

A medida prioriza o fornecimento de energia elétrica para Rondônia e Acre, uma vez que apenas uma das duas usinas instaladas no Rio Madeira está operacional nesse momento crítico.

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