DIA DOS PAIS: Figura paterna é importante e representa proteção e afeto, diz psicóloga

Profissional que atua no Caps infantojuvenil afirma que pai precisa ser presente e ter atitudes positivas

DIA DOS PAIS: Figura paterna é importante e representa proteção e afeto, diz psicóloga

Foto: Felipe Ribeiro

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Não basta ser pai, tem que participar. E participar de forma positiva no desenvolvimento infantil, na adolescência e na vida adulta dos filhos. Na avaliação da psicóloga Eunice Helena Rodrigues Cordenuzzi, que atua no Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi), da Prefeitura de Porto Velho, o pai é uma figura importante, pois ele é a proteção e o afeto.
 
 
"É fato que cada pai vai agir de uma forma, uns mais motivados, outros mais receosos. Como psicóloga, o que é importante ressaltar é que não basta ser pai, estar presente no lar, mas ser uma figura paterna positiva e afetiva. Presente de fato, participativo. Figura paterna positiva, que dá exemplos, que é presente quando necessário na vida do filho", observou.
 
 
Para Eunice Helena, "o pai deve procurar estar presente nas festinhas da escola, no acompanhamento escolar do filho, em atividades recreativas, mostrar interesse no cotidiano dos filhos, para moldar a memória afetiva que vai refletir na vida adulta".
 
 
Segundo a psicóloga, "na infância, o pai é um modelo, uma referência, ajudando nessa construção. Na adolescência, temos a figura paterna um pouco mais elaborada. Há a necessidade de instrução, de aconselhamento, de orientação, preparando para o mundo adulto. Exercendo um papel de pai mais amigo. Na vida adulta, a figura paterna continua desempenhando o seu papel, porém num estágio diferente. Nesse momento, muitas vezes o filho já é pai e tudo o que ele recebeu, vai continuar aplicando nessa cadeia afetiva".
 
 
Indagada sobre como equilibrar proteção e afeto, ela exemplificou usando as mãos. "Digamos que a mão direita seja a da firmeza, a que impõe limites e controle, apontando o caminho que quer que ele siga. A outra mão é para suavizar, é o colo, o afeto e o carinho. Não podemos ser apenas cobrança, também não convém um afeto irrestrito, que permite tudo e não alerta para as consequências dos nossos atos. Não é fácil de equilibrar. Ser um pai que só cobra direto, não dá. O que acha tudo certo, que é permissivo, também não vai dar certo. Precisa ter sensatez, mas não temos uma receita pronta".
 
 
Eunice Helena disse ainda que "em virtude de nossa vida corrida e turbulenta, às vezes não sobra tempo para oferecer ao filho, o que realmente importa. Muitas vezes, damos coisas no campo material, mas esquecemos da atenção e do afeto, do nosso tempo de convívio, que cria laços afetivos para a vida toda".
 
 
DESAFIOS
 
 
Ela relata um pouco de sua experiência profissional, onde convive com crianças e adolescentes de 5 a 16 anos, que são atendidas no CAPSi. "Vemos muito isso: as crianças que não tiveram esse modelo, essa presença efetiva da figura paterna, que pode ser um padrasto, um avô, um tio, acaba tendo sérios problemas, chegando à automutilação como forma de autopunição, apresentam comportamento desnorteado e outras atitudes que precisam ser enfrentadas. São crianças desprotegidas, que acabam tendo o desempenho escolar afetado, o convívio social e as relações prejudicadas mais na fase adulta".
 
 
Psicóloga Eunice Helena Rodrigues Cordenuzzi. Foto: Felipe Ribeiro.
 
 
Segundo ela, uma ausência paterna, ou um pai que mora no mesmo lar, mas não exerce seu papel de fato, vai se refletir em todos os âmbitos da vida, inclusive no papel de pai que essa criança vai exercer na vida adulta. "Quem não recebe afeto, quem não é protegido, é difícil quebrar essa cadeia de espelhar o que recebeu. É possível, mas é difícil", acrescentou.
 
 
De acordo com a psicóloga, em muitos casos, atitudes e comportamentos dos pais podem acabar gerando prejuízos ao desenvolvimento dos filhos. "Por exemplo, quando bebe, maltrata, agride, xinga, ameaça e age sempre de forma violenta. Isso vai se refletir lá na frente, pois vai assimilar esse modelo, que não é correto, mas que ele internalizou".
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