TRISTE FIM: Panificadora Nordeste fecha portas após 25 anos de funcionamento

Única 24 horas da cidade encerrou atividades por muitas dívidas, segundo funcionários e credores

TRISTE FIM: Panificadora Nordeste fecha portas após 25 anos de funcionamento

Foto: Felipe Corona/Rondoniaovivo

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A semana começou com uma opção a menos para os porto-velhenses poderem comer durante as madrugadas: a Panificadora Nordeste, a única 24 horas da cidade, fechou as portas após 25 anos de funcionamento.

 

Com o lema “a única de Porto Velho aberta 24 horas para lhe servir”, a empresa afundada em dívidas com funcionários, ex-funcionários e fornecedores, foi alvo até de uma ação de despejo por falta do pagamento de aluguéis, que ultrapassou a casa dos 30 mil reais. O Rondoniaovivo divulgou a decisão judicial da desocupação no dia 17 de maio.

 

“Não tinha só a questão do aluguel. Tem dois carros, uma picape Strada e uma Ecosport que tem mais de 20 mil reais em IPVA [Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores] que não era pago há anos. Inclusive, o nome da proprietária deles está na dívida ativa do estado. Ela confiou para o arrendatário, junto com o aluguel do prédio”, disse uma ex-funcionária.

 

 

O jornal eletrônico foi até o local e verificou que parece que fecharam o prédio às pressas: os porta guardanapos ficaram em cima das mesas, junto com o controle remoto de uma televisão. Em outra parte, há vários garrafões de água mineral vazios.

 

“A pessoa que era responsável pelo arrendamento do prédio ainda tinha dívidas com impostos federais, estaduais e IPTU [Imposto Predial e Territorial Urbano], além de muitos processos trabalhistas. Ainda tinha a falta de pagamento de fornecedores de produtos básicos, seja para a padaria ou para a conveniência. A situação ficou insustentável”, explicou um outro ex-funcionário.

 

 

Nostalgia

 

A Panificadora Nordeste era um ponto tradicional de encontro das chamadas “pós-baladas” durante as madrugadas de sábado e domingo, onde quem curtia as festas de Porto Velho, ia ao local repor as energias com sopas, caldos e lanches, por exemplo.

 

O auge da empresa de alimentação foi durante os anos 2000, onde ganhou diversos prêmios, referências e reportagens pelo requinte em que fazia salgados, bolos, tortas, pães diversos, doces, entre outros pratos.

 

 

Era também referência para a realização de coquetéis, eventos e aniversários. Durante a pandemia, a situação ficou delicada e nos últimos meses, o que se viu foram reclamações no atendimento, já precário, com falta de conservação e de materiais para fazer lanches básicos, como salada em sanduíches, entre outras situações.

 

Caso o arrendatário da Panificadora Nordeste queira se manifestar pela situação envolvendo os negócios da empresa, o Rondoniaovivo garante o espaço a ele.

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