A alta adesão ao PIX que, segundo o Banco Central, já tem mais de 253 milhões de chaves cadastradas (mais que a população do Brasil) e supera 2 bilhões de transações. A facilidade também tem atraído o interesse de criminosos/fraudadores.
As reclamações estão aumentando todos os dias, junto com os relatos de pessoas que já foram vítimas ou conhecem alguém que caiu em algum golpe envolvendo a transação eletrônica, instantânea e ágil. Por isso, o Procon Rondônia alerta a população.
“O Procon sempre chama a atenção dos consumidores quanto às fraudes, mas os golpistas estão sempre se atualizando. Isso vale para o PIX também. Uma das modalidades mais utilizadas é o QR code, com pagamento por determinado valor. Ao invés de fazer com o valor informado de 20 mil, por exemplo, os golpistas alteram para 200 ou 20 reais. Alguns sistemas acusam o pagamento de 20 mil. Essa forma utilizada contra o empresariado”, comentou Ihgor Rego, coordenador estadual do Procon.
O representante do órgão que protege e orienta os consumidores rondonienses ainda comenta uma outra modalidade usada pelos fraudadores: o PIX agendado.
“A pessoa diz que realiza uma transferência, porém na verdade, faz um agendamento. O outro acredita que o pagamento foi feito e acontece o golpe. O importante é que você confira se o dinheiro foi creditado”.
E para Ihgor Rego cabe o ditado antigo: “Evite que terceiros que você não conhece, manuseiem sua conta e o PIX. Ele pode alterar o destinatário ou mesmo o QR code para beneficiá-lo também com valores mais altos. Quando for manusear o PIX, faça sozinho ou com ajuda de familiares”.
Serasa
A entidade que protege e avalia o crédito dos brasileiros também dá orientações como as pessoas podem se proteger contra os golpes envolvendo o PIX.
1 - WhatsApp clonado: o estelionatário se passa por uma empresa e pede que o usuário digite um código. O objetivo é clonar o número e pedir dinheiro para parentes e amigos da vítima.
Como evitar: habilite a autenticação de duas etapas na sua conta do WhatsApp para que o criminoso não consiga mudar o cadastro, e não forneça nenhum código solicitado.
2 - Atendente bancário falso: o golpista se passa por atendente do banco e induz a vítima a criar uma chave Pix e a transferir dinheiro para outra conta.
Como evitar: nunca forneça seus dados ou faça operações bancárias por meio de ligações telefônicas.
3 - Bug do Pix: fake news nas redes sociais anunciam uma “falha” no Pix, pela qual as pessoas receberiam prêmio em dinheiro quando transferissem valores para determinadas chaves. É claro que o dinheiro vai direto para a conta do criminoso.
Como evitar: fique alerta para notícias de dinheiro fácil, confirme a veracidade da informação e do perfil procurando por selos de verificação nas redes sociais oficiais, saiba que o sistema Pix, criado pelo Banco Central, é seguro, sem bugs e tem os mesmos protocolos de segurança do TED e do DOC.
4 - QR Code falso: golpistas falsificam QR Code para transferências por Pix em lives e apresentações online que arrecadam dinheiro para artistas ou instituições.
Como evitar: ao fazer doações, transferências e pagamentos por Pix utilizando QR Code fique atento à origem do código e, se desconfiar dos valores ou da solicitação, não faça a operação.
Foto: Serasa/Sempre Alerta
Outras dicas
- Antes de transferir qualquer valor verifique a identidade de quem está solicitando o Pix;
- Preste bastante atenção antes de clicar para confirmar uma operação e confira todos os dados;
- Não clique em links recebidos por e-mail, mensagens de SMS, WhatsApp e redes sociais que direcionam a cadastros de chaves Pix;
- Cadastre suas chaves Pix no canal oficial do seu banco ou fintech e saiba que a confirmação da criação da chave Pix nunca vem por ligação ou link. Após o cadastro, o Banco Central envia o código apenas por SMS ou e-mail;
- Não faça transferências para pessoas conhecidas sem antes confirmar por chamada telefônica ou pessoalmente.